
Israel anunciou sua saída do Conselho de Direitos Humanos da ONU, seguindo a decisão dos Estados Unidos de deixar o órgão. O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, justificou a medida alegando que o conselho mantém um "preconceito institucional contínuo e implacável" contra o país desde sua criação em 2006. Ele comunicou a decisão em uma carta ao presidente do conselho, Jorg Lauber, e divulgou o documento em sua conta no X.
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A decisão ocorre dias após o presidente dos EUA, Donald Trump, determinar a retirada americana do conselho e manter a suspensão do financiamento à agência da ONU para assistência aos palestinos (UNRWA).
A saída de Israel gerou críticas. Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os Territórios Palestinos Ocupados, classificou a decisão como "extremamente séria" e acusou o país de evitar responsabilidades perante a comunidade internacional. Ela também expressou preocupação com o agravamento da situação na Cisjordânia, alertando que os ataques de soldados no norte e de colonos no sul poderiam ser interpretados como uma ofensiva generalizada contra os palestinos.
Israel nega as acusações de genocídio e defende que suas ações visam proteger a segurança nacional tanto na Cisjordânia quanto em Gaza. Albanese também criticou a proposta de Trump sobre o futuro da Faixa de Gaza, acusando o republicano de minar os direitos humanos em diferentes contextos globais. Para ela, o silêncio das nações europeias diante da decisão israelense é preocupante.
*Com informações da rede CNN
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