Criminosos têm aplicado dois tipos de golpes que vêm preocupando as autoridades. O primeiro é o do falso advogado, que cobra uma taxa para repassar o valor de uma suposta causa ganha durante o processo. Já o segundo envolve uma falsa entrega realizada por supostos funcionários dos Correios, que fazem o reconhecimento facial da vítima antes de entregar uma caixa supostamente contendo cosméticos. Até o momento, nenhum suspeito foi preso, e ambos os casos são investigados pela Polícia Civil de Franca.

Falso advogado

Segundo a Polícia Civil, o falso advogado entra em contato com a vítima alegando ser o responsável pela causa dela. Durante a ligação, o suspeito afirma que o processo chegou ao fim, que a vítima tem um valor a receber e pede para que o “cliente” pague uma taxa para liberar o montante.

“Isso não existe. Não há pagamento de taxa nenhuma quando o juiz autoriza o pagamento em uma ação”, afirma o delegado da Polícia Civil de Franca Eduardo Bonfim, responsável pela investigação.

Ainda segundo o delegado, em processos judiciais, nenhuma taxa é recolhida do cliente. A orientação para as vítimas é manter contato com seu advogado e sempre confirmar o andamento do processo. “Em Franca, apenas uma advogada relatou que todos os seus clientes receberam uma ligação dessa natureza”, disse.

A Polícia Civil apurou que uma pessoa está divulgando informações como datas, valores, números de processos e outros dados pessoais protegidos pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) para os estelionatários, o que leva a vítima a acreditar na veracidade das informações passadas pelo falso advogado.

Os criminosos utilizam nomes e CPFs de terceiros para registrar os números de telefone com os quais praticam os golpes.