Vivendo sob ameaça há mais de um ano e com medo de sair às ruas, a vendedora Ana Carolina Gimenes Mouro Lucindo Manochio, de 24 anos, que está grávida de quatro meses do atual relacionamento, denuncia o ex-companheiro, com quem viveu por dois anos e meio, por perseguição e ameaça. A motivo, segundo ela, é por não aceitar o final da relação.

Ana Carolina relata que já registrou 26 boletins de ocorrência contra o ex, incluindo agressão, ameaça, apropriação indébita, descumprimento de medida protetiva e perseguição.

"As ameaças estão piorando. São vários boletins de ocorrência, há medida protetiva e já foi registrado o descumprimento das medidas protetivas. Este é o terceiro pedido de prisão dele, feito pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), mas, por algum motivo, o mandado de prisão ainda não foi expedido. Sem o mandado de prisão, a polícia não consegue fazer muita coisa. Ele tem passado na porta da minha família, na porta da família do meu marido, e a situação só vem piorando”, desabafa Ana Carolina.

Ela conta que foi necessário mudar de endereço e de número de telefone devido às perseguições e ameaças. Apesar disso, o ex continua impedindo que ela siga em frente com sua vida e com o novo relacionamento.

Sem a decretação da prisão por parte da Justiça, a DDM orientou que Ana Carolina continue registrando boletins de ocorrência. Desesperada e temendo por sua segurança, ela decidiu procurar a mídia para fazer um apelo público, na esperança de que alguma ação efetiva seja tomada contra o ex-marido antes que ele atente contra sua vida, a de seu bebê ou a de seu atual companheiro.

“Ele ameaça de morte não só a mim, mas também o meu atual companheiro. Ele ameaça minha família e, como estou grávida de quatro meses, ameaça matar o bebê também. É uma questão de transtorno psicológico mesmo. É horrível viver com esse sentimento de que, a qualquer momento, algo pode acontecer. Chega um ponto em que você para de viver. Você já não sai, não consegue trabalhar, e sua vida não é mais normal”, lamenta a vendedora.