EM FRANCA

Temporal causa estragos e acidentes: 'parecia o fim do mundo'

Por Bruna Góis e Laís Bachur | da Redação
| Tempo de leitura: 4 min
Sampi/Franca
Laís Bachur/GCN
Árvore caída na rua Voluntário Jaime de Aguilar Barbosa, na Vila Industrial
Árvore caída na rua Voluntário Jaime de Aguilar Barbosa, na Vila Industrial

O tempo mudou de forma brusca no começo da tarde desta quinta-feira, 23. Quem olhou para o céu pela manhã, quando o sol brilhava forte, não imaginava a reviravolta que ocorreria no período da tarde. Por volta das 12h30, a chuva começou de modo leve, acompanhada de fortes rajadas de vento. Logo em seguida, a intensidade aumentou, causando medo em quem estava nas ruas naquele momento. Árvores caídas, pontos alagados, bairros sem energia e acidentes envolvendo carros em cruzamentos foram registrados durante a tempestade.

A população sofre com a falta de energia na avenida Alonso y Alonso, entre a rua Saldanha Marinho e a avenida Champagnat. Semáforos estavam apagados, e a gentileza no trânsito teve que fazer parte do dia dos francanos. Apenas no cruzamento da Champagnat com a Alonso y Alonso, foram registrados dois acidentes.

Acidentes de trânsito

O primeiro ocorreu por volta das 12h45, logo após a chuva atingir a região central com maior intensidade. Um Hyundai HB20S, de cor chumbo, que seguia no sentido Centro-Havan, colidiu frontalmente com um HB20S, de cor prata. Ambos os veículos tiveram para-choques e laterais danificados. Uma viatura esteve no local para auxiliar no trânsito.

Segundo populares, por volta das 16h45, um novo acidente foi registrado, desta vez, envolvendo um Chevrolet Celta preto e um SUV preto.

Outro ponto crítico foi o cruzamento da avenida Champagnat com a rua Voluntário Jaime de Aguilar Barbosa. Com o semáforo fora de funcionamento e uma árvore caída devido às fortes rajadas de vento, um novo acidente foi registrado. O motorista de um Volkswagen Gol seguia pela Voluntário Jaime de Aguilar Barbosa quando foi atingido na lateral por uma Range Rover, deixando o veículo completamente destruído. Apesar dos danos materiais, não houve vítimas.

Árvores caídas e oscilações de energia

Na praça da Paróquia Santa Rita, uma árvore de grande porte não resistiu aos ventos e caiu sobre a fiação elétrica. A árvore ficou escorada nos fios, com galhos quase encostados no chão. O Corpo de Bombeiros interditou a via para garantir a segurança das pessoas.

Equipes da Seleta foram vistas no local por volta das 16h, finalizando a poda da árvore e coletando os galhos. A CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) informou que atenderia a ocorrência após finalizar outro chamado próximo.

O moto-boy Hugo Oliveira, de 29 anos, descreveu a situação: "Do mesmo jeito que ela veio, ela foi embora, tudo muito rápido. As luzes da loja começaram a piscar e, segundos depois, ficamos sem energia".

No Supermercado Savegnago, localizado na Rua Saldanha Marinho, funcionários e clientes relataram constantes oscilações de energia. Durante a chuva forte, muitas pessoas buscaram abrigo dentro da loja. “Foi uma loucura. Entramos para comprar algumas coisas e, ao sair, parecia o fim do mundo. Um barulho forte de granizo caía nos carros e no telhado”, contou a sapateira aposentada Maria das Graças, de 73 anos.

Asfalto deteriorado

Novamente na avenida Champagnat, próximo ao cruzamento com a Alonso y Alonso, pedaços de asfalto foram novamente arrancados pela chuva. “Não adianta. Eles arrumam, vem uma chuva de três minutos, e o asfalto vai embora. É tão ruim que parece papel machê que usávamos nos trabalhos da escola”, criticou o motorista de aplicativo Bruno Gonçalves, de 34 anos, morador do Jardim São Luiz.

Na mesma avenida, próximo ao Paulistão Atacadista, o asfalto foi severamente danificado, formando grandes buracos. "Destroços" foram arrastados pela força da água até um ponto de ônibus, onde uma mulher buscava abrigo.

Alagamentos, telhados e toldos danificados

Moradores relataram alagamentos em casas e locais de trabalho. No Atacadão, por exemplo, a estrutura do telhado foi danificada pelos ventos intensos, enquanto a energia elétrica seguia instável em várias áreas.

“Estava fazendo compras com minha mulher. Não percebemos a chuva, até que começou a ficar mais forte. Os granizos batendo nas telhas pareciam que iam derrubar tudo, igual aconteceu no estacionamento”, afirmou o empresário Jailton Monteiro, de 68 anos, que estava no local com sua mulher.

A diarista Aparecida de Souza, 57 anos, moradora do bairro Jardim Aeroporto II, disse que se assustou com a tempestade. “Parecia o fim do mundo. A mudança do tempo foi muito rápida. Começou com os fortes ventos e, logo em seguida, um barulho forte nas janelas, parecendo que alguém estava jogando pedras”.

Embora a chuva e o vento tenham diminuído, as autoridades mantêm as orientações para que a população continue em estado de alerta. A CPFL informou, em nota, que diversas equipes seguem atendendo ocorrências para restabelecer a energia nas áreas afetadas.

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