Criança e jovem de 17 anos morrem por suspeita de envenenamento
A Polícia Civil do Piauí investiga suspeita de envenenamento que já matou duas pessoas em Parnaíba, a 340 quilômetros de Teresina. Uma das vítimas fatais é uma criança de um ano e oito meses e a outra, um jovem de 17 anos. Outras duas pessoas estão em estado grave.
Ao todo, segundo a polícia, sete pessoas chegaram a ser hospitalizadas. São todas de uma mesma família que já passou por situação semelhante em agosto, quando duas crianças morreram após comer caju dado por uma vizinha. Não se sabe se há relação entre os casos.
A criança morta nesta quinta-feira (2), Igno Davi da Silva, era irmão das duas vítimas de agosto. A mãe delas, Francisca Maria da Silva, está internada no hospital também com suspeita de envenenamento. Ela é irmã da outra vítima fatal, Manoel Leandro da Silva, que morreu antes de chegar ao hospital na quarta (1).
O padrasto de Manoel, Francisco de Assis Pereira da Costa, também está internado, assim como outras três crianças, cujos nomes não foram informados.
A principal suspeita é de intoxicação por ingestão de alimentos contaminados. A família havia recebido doação de peixes e arroz, mas ainda não é possível determinar que substâncias causaram o problema. Os doadores se apresentaram de forma espontânea para prestar depoimento.
"Policiais civis estiveram no local e foram apreendidos alimentos ingeridos pela família, que estão sendo analisados por peritos para conclusão de laudos, assim como todos os materiais necessários à investigação", disse a polícia, em nota.
Em entrevista à TV Clube, o delegado Abimael Silva disse que a família comeu apenas o peixe doado e requentou arroz preparado no dia anterior.
"A gente vai aguardar os exames toxicológicos, que vão definir qual foi a causa da morte, que substâncias estão no organismo das vítimas e que substância estão nos alimentos arrecadados", afirmou.
Também à TV Clube, o diretor técnico do hospital que recebeu as vítimas, Carlos Teixeira, disse que eles chegaram com os mesmos sintomas: frequência cardíaca abaixo do normal, sudorese intensa, rebaixamento do nível de consciência.
Em nota, o hospital afirmou que sua equipe "atuou com total dedicação, seguindo todos os protocolos e medidas necessárias para garantir o melhor atendimento à criança desde sua admissão na unidade".
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