OPERAÇÃO CARCARÁ II

Polícia mantém ofensiva após prender 11 do ataque ao carro-forte

da Redação
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Divulgação
Autoridades detalham os resultados da Operação Carcará II em entrevista coletiva
Autoridades detalham os resultados da Operação Carcará II em entrevista coletiva

Apesar dos resultados expressivos da Operação Carcará II, deflagrada pelo Ministério Público e pelas polícias Civil, Militar e Federal nesta segunda-feira, 16, com 11 pessoas presas e apreensões que incluem dinheiro em espécie e propriedades avaliadas em milhões, as investigações sobre o ataque ao carro-forte ocorrido em setembro na região de Franca continuam em andamento.

Para esta segunda fase da operação, as autoridades destacaram a importância da ida de Roberto Marques Trovão Lafaeff à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Valinhos. A tentativa de atendimento, facilitada pelo gestor da unidade, Marcos Vinicius Cavalcanti Pereira, foi essencial para identificar outros criminosos.

"Sem dúvida alguma, o Marcos Vinicius foi uma peça importante nessa tentativa de atendimento ao Roberto com documentos falsos. O que a gente percebeu é que ele tinha vínculo com a Secretaria de Saúde e conhecia médicos, mas, felizmente, essa tentativa não deu certo", afirmou o delegado Gabriel Fernando, responsável pela investigação em Franca.

A caminhonete que levou o criminoso, ferido com um tiro acidental disparado por ele mesmo, foi peça-chave para desvendar a dinâmica do crime após a ação.

Operação Carcará II

Na segunda fase da operação, 11 pessoas foram presas e um suspeito morreu em confronto com a polícia. Durante as diligências, foram cumpridos 48 mandados de busca domiciliar, resultando na apreensão de nove veículos de alto valor, quatro armas de fogo e mais de R$ 900 mil em espécie. Além disso, um apartamento foi bloqueado judicialmente.

Dois suspeitos foram presos em Franca e um em Ribeirão Preto. Segundo a força-tarefa, os alvos desta fase têm relação direta ou indireta com a organização criminosa.

"É uma resposta para nossa sociedade. Foi um crime que chocou nossa região pela periculosidade dos criminosos. A operação é um avanço para as investigações. Coletamos muito material que será usado nas próximas etapas", declarou o delegado Diógenes Santiago Netto.

Confronto em Guarulhos

Em Guarulhos, o suspeito Igor Henrique Caetano da Silva, de 34 anos, foi morto após reagir à abordagem policial em sua residência. Segundo as investigações, ele integrava o núcleo operacional da quadrilha e tinha envolvimento direto no ataque.

"Ele participou tanto da logística quanto da execução do assalto. Foi ele quem adquiriu os equipamentos para o crime. Quando os policiais chegaram à casa dele, ele reagiu e foi neutralizado", explicou o coronel Telles, da Polícia Militar.

Próximos passos

A polícia agora se concentra em identificar o número exato de criminosos envolvidos diretamente na ação, além de avançar na busca por integrantes da organização criminosa que orquestrou o ataque.

De acordo com as autoridades, será realizado um mapeamento genético das evidências coletadas tanto em setembro, durante a tentativa frustrada de roubo, quanto nas apreensões desta nova fase da operação. O objetivo é cruzar os materiais e determinar o envolvimento de cada suspeito na ação violenta que mobilizou dezenas de criminosos armados.

Mesmo com prisões importantes, armas e valores apreendidos, as autoridades afirmam que o grupo criminoso é complexo e possui ramificações difíceis de serem completamente desarticuladas. Por isso, as investigações vão continuar para aprofundar a identificação dos responsáveis e enfraquecer financeiramente a organização.

"Agora vamos tentar identificar o que todos os integrantes faziam no núcleo criminoso. Chegou ao nosso conhecimento que a organização tinha uma pessoa responsável pela compra de chips de telefone. Então, sabemos que há envolvidos que não participaram diretamente da ação, mas atuaram em algum núcleo da organização, pelo menos nos bastidores", disse o promotor Adriano Mellega.

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