Uma megaoperação integrada entre a Polícia Civil do Estado de São Paulo, o Ministério Público (Gaeco), a Polícia Militar e a Polícia Federal acoontece nesta segunda-feira, 16. A segunda fase da Operação Carcará tem o objetivo de desmantelar uma organização criminosa envolvida em assaltos violentos a carros-fortes e empresas de transporte de valores.
A operação cumpre 15 mandados de prisão temporária e 48 de busca e apreensão em 17 cidades paulistas, como Ribeirão Preto, Franca, Piracicaba, São Paulo, Santo André e Atibaia. Cerca de 400 agentes, incluindo delegados, policiais civis, militares e promotores de Justiça, participam da ação, que também conta com 102 viaturas e duas aeronaves do serviço aerotático.
A investigação começou após o ataque a um carro-forte na rodovia Cândido Portinari, em Restinga, no dia 9 de setembro. O grupo criminoso utilizou fuzis, explosivos e carros blindados para interceptar o veículo. Apesar de explodirem o carro-forte, o dinheiro acabou queimado.
Houve confrontos durante a fuga, deixando feridos entre civis e policiais. Dois dias depois, um novo confronto na rodovia Joaquim Ferreira, em Altinópolis, resultou na morte de três criminosos, um policial militar e um motorista de caminhão.
Entre os presos, está Roberto Marques Trovão Lafaeff que deu entrada em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Valinhos com ferimento por arma de fogo no pé. Ele já respondia por outros crimes.
A primeira fase da Operação Carcará ocorreu em outubro, com prisões e apreensões em Paraisópolis (São Paulo) e Praia Grande. Na ação, um investigado foi morto após reagir à abordagem policial. Entre os itens apreendidos, estavam armas de grosso calibre, munições e materiais usados nos crimes.
Prisões em Franca
Nesta segunda fase da Operação Carcará, dois homens foram presos temporariamente em Franca, apontados como "laranjas" do esquema, com participação em lavagem de dinheiro e ocultação do patrimônio do bando.
A caminhonete usada para levar Lafaeff à UPA de Valinhos, após o ataque ao carro-forte, estava no nome de um morador de Franca e foi transferida para outro francano, no dia seguinte ao crime. À época, eles foram ouvidos e respondiam em liberdade.
Mas na manhã desta segunda-feira, ambos foram presos, com mandados cumpridos nas suas residências, uma localizada no City Petrópolis e outra no Parque do Horto.
A operação, batizada de Carcará, homenageia o sargento Márcio Ribeiro, morto em confronto com a organização em setembro. Segundo as investigações, o grupo possui uma estrutura complexa, com diversas células interligadas. Além das prisões, foram realizados bloqueios de bens e ativos financeiros para enfraquecer o grupo economicamente.
Todos os detidos nesta operação estão sendo encaminhados para a DIG de Franca. Até a publicação deste texto, dinheiro e armas haviam sido apreendidos.
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