A história do Franca Basquete não se resume apenas a momentos de glória, como os tricampeonatos nacionais (1997/ 1998/ 1999 e 2021-22/ 2022-23/ 2023-24) e ao título inédito da Copa Intercontinental Fiba (Federação Internacional de Basquete Amador). O clube também viveu momentos de crise.
O início dos anos 2000 foi sinônimo de sofrimento para o Franca, período em que funcionou em salas cedidas pela Prefeitura no "Pedrocão" e atrasou salários de jogadores e funcionários. Aí é que entrou em ação Júlio Biondi, o abnegado do basquete.
A história do Júlio Biondi
Júlio Tadeu Biondi nasceu em 26 de abril de 1957, em Franca, frequentou as escolas Coronel Francisco Martins, Mário D’Elia e EETC (Escola Estadual Torquato Caleiro). Graduou-se em Administração e Ciências Econômicas pelo Uni-Facef (Centro Universitário de Franca) e Direito pela FDF (Faculdade de Direito de Franca).
Corretor de imóveis em Franca e região desde 1977, Júlio se aproximou do basquete francano em 1998, ano de fundação da Aspa (Associação de Pais e Amigos do Franca Basquete). Além de ter presidido, firmou parcerias com o Grupo Algar, Unimed, Francal e Undici Sports.
A sua gestão tornou a Aspa a “menina dos olhos” dos garotos de Franca e região, que em janeiro sempre estavam presentes em diversos testes para as categorias Pré-Mini, Mini, Juvenil e Cadete. Os títulos do Paulista e Paulista do Interior “turbinavam” a concorrência, já que muitos adolescentes francanos não eram aprovados nessa equipe em época de seletivas ou pré-temporada.
“O Júlio foi muito importante para não terminar a Aspa. Ele era participativo, passou por momentos difíceis, mas não deixou ninguém sem receber. Uma pessoa honesta, influente, que ajudou em patrocínios e um exemplo”, disse o professor da Aspa Anselmo Richinho.
Presidente do Franca Basquete
Biondi atuou nesse cargo no biênio 2004/06 e mesmo com clube em dificuldades viabilizou um repasse modesto da Unimed, outra contribuição financeira da Mariner e montou um elenco competitivo com base na mescla entre experiência e juventude. Também foi responsável pelo equacionamento da dívida.
A sua administração repatriou Hélio Rubens, Helinho, Vargas, Rogério, Demétrius, Ricardo, Fabião e Mosso, manteve Fransérgio e Edu Mineiro, efetivou os pratas da casa Cauê, Zezinho, Túlio e Din, e trouxe o ex-jogador Fernando Minuci para a função de supervisor. Dentro de quadra, esse plantel chegou à final do Brasileiro contra o COC-SP, mas que terminou sem campeão devido a uma ação judicial.
“Graças à sua credibilidade, o basquetebol de Franca se reconstruiu com a vinda de grandes ídolos do passado. A importância do Júlio Tadeu Biondi é fundamental na posição de destaque nacional. A sua presidência trouxe esses benefícios. Um abnegado que tirou o clube da crise”, resumiu o advogado e pesquisador do basquete francano Rodolfo César Pino.
Contribuições para comunidade
Júlio foi membro atuante do Rotary Club, tesoureiro da Associação Vicentinos, presidente do Conselho de Ética do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) e Conselheiro do Instituto Pró-Criança (Instituto Empresarial de Apoio à Formação da Criança e dos Adolescentes).
O seu casamento com Maria das Graças Fachada Biondi permitiu o nascimento dos filhos Júlio Augusto Fachada Biondi e Gabriella Biondi. Tadeu foi vítima de insuficiência respiratória e morreu em Franca, em 2 de agosto de 2012.
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