CÂMARA

Professores criticam terceirização proposta pelo governador de SP

Por N. Fradique | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
N. Fradique/GCN
Professoras durante uso da tribuna da Câmara, nesta terça-feira
Professoras durante uso da tribuna da Câmara, nesta terça-feira

A terceirização do professor auxiliar nas escolas proposta pelo governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi discutida na Câmara Municipal de Franca, na sessão desta terça-feira, 12. As professoras Priscila Cintra e Luciana Alves usaram a tribuna e abordaram a terceirização dos serviços desse profissional.

“É com muita angústia que trago a pauta que o governador Tarcísio junto ao secretário estadual de Educação, Renato Feder, estão concretizando a licitação de uma empresa privada que irá contratar os profissionais que deverão atuar e acompanhar as crianças e adolescentes da educação especial. Serão contratados profissionais sem qualificação nenhuma, somente exigindo o ensino médio completo com curso de 80h para acompanhar as atividades escolares. Isso é inconstitucional”, disse Priscila Cintra, que atua na Educação há 18 anos.

A professora acrescentou que a medida é um retrocesso e que os pais precisam recorrer à Justiça para garantir o direito. “Ainda trará vários prejuízos às famílias, retardando o processo de aprendizagem das crianças e adolescentes. Não podemos retroceder, o Estado já não cumpre as leis. Os pais solicitaram (professor auxiliar) e precisaram exigir na Justiça os direitos delas (crianças)”.

Luciana Alves também usou a tribuna e citou o próprio exemplo, dizendo ser mãe de um aluno autista nível um de suporte, altas habilidades e surdo oralizado. “Nós não podemos aceitar essa precarização da educação especial, essas crianças hoje são acompanhadas por professores que auxiliam na adaptação dos seus materiais pedagógicos e que também têm atenção, cuidado, como quem é qualificado para isso, com as suas questões emocionais. Essa terceirização significa permitir que nossos filhos sejam acompanhados por pessoas não qualificadas. É um risco não só para eles, como para os demais colegas”.

As professoras aproveitaram para pedir apoio para aprovação da Moção de Repúdio à Secretaria Estadual de Educação, pelo Processo de Privatização das Escolas Públicas Estaduais, que será votada nesta terça-feira, 12.

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Comentários

5 Comentários

  • Maria 14/11/2024
    Essas mesmas professoras que hoje reclamam votaram em peso no carioca. Agora aguenta e não chora.
  • João 12/11/2024
    Se tem alguém que não tem o direito de reclamar desse traste são os francanos. Vão comer o pão que o diabo amassou e na próxima vão votar em peso no cara.
  • Darsio 12/11/2024
    Feder é empresário e, portanto, trata a educação como uma mercadoria, sobre a qual a empresa em que possui participação, já faturou milhões em contrato com o Governo Paulista. Substituir professor por concluinte de ensino médio é, apenas uma das facetas desse governo. Embute-se a lógica da eficácia e eficiência, tratando alunos e professores como meros números, esvaziando a educação de seu sentido mais pleno. Aliás, não sei se Feder possui filhos e, caso os tenha em idade escolar, tenho a absoluta certeza de que ele e todos aqueles da educação que vivem a lhe puxar o saco, matriculam os seus filhos em escolas particulares, pois na real são os primeiros a não acreditarem no modelo de escola que defendem para os filhos dos pobres.
  • José Roberto 12/11/2024
    Reclamam, mas VOTARAM no carioca.
  • ADILSON 12/11/2024
    faz T de tercerização do estado , faz o T de ofice boy do boisonaro