ENCONTRO

Bancas de pesponto e empresários calçadistas buscam acordo

Por N. Fradique | da Redação
| Tempo de leitura: 1 min
Arquivo/GCN
Melhorias para serviço de pesponto em discussão em Franca
Melhorias para serviço de pesponto em discussão em Franca

Representantes dos trabalhadores de bancas de pesponto de Franca e da classe empresarial do setor de calçados se reúnem nesta quarta-feira, 6, às 17h, no Sindifranca. A reunião tem o objetivo de apresentar soluções práticas para os banqueiros e também para o crescimento econômico das indústrias.

Os banqueiros terceirizados reivindicam há anos um estudo para equiparação de encargos que passaram a ser de responsabilidades das bancas. Os prestadores de serviço também dizem que atualmente todo material necessário para a confecção de calçados fica a cargo dos banqueiros, provocando defasagem em relação ao valor pago pelo serviço pela indústria.

Arnaldo Padilha, presidente da Associação das Bancas de Pesponto de Franca e Região, disse nesta quarta-feira, 6, que a reunião é um avanço e um momento histórico na relação entre terceirizados e indústrias. “Queremos a reestruturação da nossa categoria, haja vista a frágil situação em que se encontra. Lutamos seis anos para efetivar nossa formalização e agora, depois de mais quatro anos, é que conseguimos chegar à mesa de negociações para um entendimento. Será um acontecimento histórico para nossa categoria”, disse.

José Carlos Brigagão, presidente do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca), informou que o Senai Franca vai colaborar com o processo, envolvendo as partes. “Será apresentada uma ferramenta importantíssima para que os empresários das bancas de pespontos possam determinar o valor correto do trabalho na prestação de serviço e o relacionamento com as empresas calçadistas”, disse Brigagão, em vídeo divulgando a reunião.

Segundo a Associação da categoria, que realiza serviços terceirizados às fábricas de Franca, a cidade conta com aproximadamente 3 mil bancas de pespontos, entre pequenas e grandes, empregando mais de 7 mil pessoas.

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Comentários

3 Comentários

  • ADILSON 06/11/2024
    So pagar o que é direito , e parar de explorar os trabalhadores , fabricantes vão ter que fechar fabrica , pois ninguem quer ser escravos desses patroes
  • Edmilson Sanches 06/11/2024
    Eu trabalhei por 16 anos com banca de pesponto .Parei em 2008, mas sabe quando da aquela saudade desse tempo ? Não sei, não tenho nenhuma, me embrulha o estômago quando sinto cheiro de couro. Trabalhar as vezes , de domingo a domingo ,para entregar produção, não ter feriado, não ter horário para parar , ser explorado por donos de fabrica,que percebendo que vc estava fazendo uma boa produção, ganhando bem, dispensava seu serviço e colocava outra banca pagando menos por par.....enfim , comparado a trabalho escravo. E nos finais de ano, quando as fabricas paravam, o dinheiro que conseguia economizar durante o ano, tinha que gastar até ter serviço de novo, depois do carnaval. Por mim que os donos de fábrica vão todos puxar enxada.
  • Constantino Silva 06/11/2024
    Que falta que faz um sindicato forte viu. Antigamente o sindicato peitava as fabrica, agora o que as fabrica quiser pagar é isso mesmo.