Ainda segundo a delegada, a vítima havia solicitado ao porteiro que impedisse a entrada do ex, mas ele conseguiu entrar mesmo assim.

“O autor entrou no condomínio usando uma tag de morador (ele ainda reside no local). Não houve tempo para impedi-lo. Ele estacionou o carro e rapidamente subiu para o apartamento. As vítimas ouviram que ele estava chegando e se esconderam no banheiro. Ele arrombou a porta e, com uma faca, iniciou as agressões. Em todo momento, tentou matar a ex-companheira. Ela teve o pulmão perfurado e o braço com vários cortes”, contou Juliana.

Ainda segundo a delegada, pelo depoimento da mãe da vítima, que também foi agredida, o engenheiro tentou puxá-la pelos cabelos para retirá-la de cima da filha, com a intenção de matá-la.

“A intenção dele era ceifar a vida dela. Ele não mediu esforços para isso. Ele assumiu o risco de matar a sogra e a própria filha de 1 ano, além do bebê que está na barriga da vítima, que também é filho dele”, afirmou Juliana.

O agressor alegou que queria ver o filho de 7 anos do casal e que, ao ser impedido, ficou irritado e revoltado. No entanto, a criança estava na escola durante o ataque. Juliana informou ainda que o menino também sofreu agressões psicológicas por parte do pai.

“Ele diz que queria ver o filho, mas a criança estava na escola, nem sequer estava no apartamento. Na minha opinião, não faz sentido ele usar isso como justificativa para sua revolta. Ele tenta justificar seu desequilíbrio emocional, mas já apuramos que praticava violência psicológica com o filho. As agressões que ele presenciava contra a mãe também configuram violência psicológica”, concluiu a delegada.

O engenheiro foi encaminhado para a Cadeia do Jardim Guanabara, preso pelo crime de tentativa de feminicídio e tentativa de homicídio. Inicialmente preso em flagrante, ele passará por nova audiência de custódia nesta terça-feira, 22. A delegada Juliana solicitou sua prisão preventiva, que será decidida pela Justiça.