A Polícia Civil de Igarapava localizou, na tarde desta terça-feira, 8, o corpo de Maria de Fátima Batista Silva, que estava desaparecida desde o fim do mês passado.
O corpo foi encontrado em estado de decomposição em uma área de mata entre os municípios de Igarapava e Buritizal, em um brejo às margens de um canavial.
Segundo o boletim de ocorrência, o assassino, Cleber Balduino de Oliveira, que está preso desde a semana do desaparecimento, indicou o local para os policiais após ser ouvido na Cadeia de Franca.
A operação para localizar o corpo contou com a participação do delegado de Polícia Dr. Gabriel Fernando Tomaz, do investigador Paulo Sérgio Rodrigues, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Franca, e de Guilherme Augusto, investigador da Delegacia de Polícia de Igarapava.
A advogada de Cleber acompanhou toda a diligência. Após a liberação dos peritos, o corpo foi removido pela funerária de plantão e encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Franca. Segundo a Polícia Civil, o motivo do crime foi passional.
Cleber já possui passagens por homicídio e pela Lei Maria da Penha. Para a polícia, em seu depoimento ele confessou que estrangulou a ex.
O desaparecimento
Segundo relatos de amigos e da família, Maria saiu de casa na noite de quinta-feira, 26, para conversar com o ex-companheiro, de quem havia se separado há três meses, e nunca mais retornou.
A última vez que tiveram notícias dela foi às 23h54, quando mandou três mensagens para uma amiga, mas, em seguida, foram apagadas. Às 0h58, enviou outra mensagem informando que não iria trabalhar e, depois disso, não respondeu nem atendeu mais nenhuma ligação, o que deixou todos preocupados. A primeira suspeita recaiu sobre o ex-companheiro, que, por sua vez, afirma desconhecer o paradeiro da mulher.
Câmera ajudou a chegar a Cleber
Após investigações, a polícia conseguiu capturar imagens de câmeras de segurança da residência do suspeito, que mostram que, na noite de quinta-feira, 26, Maria estava com o ex e alguns amigos sentados na calçada, bebendo.
Às 2h53 da madrugada de sexta-feira, 27, ela entrou no imóvel junto com o homem, e às 4h40 da manhã ele abre o portão e sai com sua caminhonete Triton 4x4, sozinho, voltando somente ao amanhecer. Chamou a atenção a poeira nas rodas e na lona da caçamba.
Negou o crime
À polícia, o ex-companheiro relatou que Maria chegou em sua casa às 20h20, onde ele estava com um casal de amigos, e começaram a beber, indo até por volta das 2 horas da madrugada.
Ainda segundo ele, os amigos foram embora nesse horário, e ele permaneceu apenas com Maria. Ele também relatou que, após a separação, mantiveram relações, mas que, nesse dia, não. Segundo ele, Maria teria ido embora de sua casa às 2h40 da madrugada, um pouco embriagada, e ele não sabia o paradeiro dela. O homem mencionou que teria ouvido dizer que ela estava em um relacionamento com um rapaz da cidade de Delta (MG).
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Comentários
3 Comentários
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Edim 09/10/2024NO MÍNIMO PENA MÁXIMA PRA ELE . MAS INFELIZMENTE LOGO TÁ NA RUA. LEI MUITO FROUXA DESTE PAÍS.
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Plínio Malta Marangoni 08/10/2024Como um sujeito desse com passagens por homicídio e tudo mais estava solto? Só nesse país mesmo.
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Marco 08/10/2024A matéria afirma que o assassino possuía passagens por homicídio e pela Lei Maria da Penha e, mesmo assim, ela manteve contato com ele mesmo não tendo dado certo o relacionamento. Poxa, vida...deu mole pro azar, né!? Lamento pela família dela e que esse cara se ferre na cadeia.