SAÚDE PÚBLICA

Franca monitora 2 casos suspeitos de Mpox e pacientes se isolam

Por Bruna Góis | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/Agência Brasil
Os dois casos registrados em Franca estão sendo monitorados e acompanhados pela equipe de saúde do município
Os dois casos registrados em Franca estão sendo monitorados e acompanhados pela equipe de saúde do município

Franca registra dois casos suspeitos de Mpox, doença viral conhecida popularmente como a 'varíola dos macacos'. Segundo a Secretaria de Saúde do município, os pacientes estão em isolamento absoluto, seguindo os protocolos da saúde pública.

Amostras de ambas as pessoas foram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz, e as autoridades locais aguardam os resultados. Além dos protocolos, os pacientes estão sendo monitorados por telefonemas diários feitos pela Vigilância Epidemiológica.

O diagnóstico da Mpox é feito apenas de forma laboratorial, com teste molecular ou sequenciamento genético. Todos os pacientes com suspeita da doença passam por testes para obter o diagnóstico laboratorial. As amostras coletadas serão analisadas, preferencialmente, a partir da secreção das lesões. Quando as lesões já estão secas, o material encaminhado são as crostas das lesões. As amostras são direcionadas aos laboratórios de referência no Brasil.

Pessoas com sintomas compatíveis com Mpox devem procurar a unidade de saúde mais próxima imediatamente e adotar as medidas de prevenção. O tratamento dos casos se baseia em medidas de suporte clínico, para aliviar os sintomas, prevenir e tratar as complicações, evitando sequelas. Segundo a secretaria, até o momento não há medicamento aprovado especificamente para tratamento da Mpox.

Sintomas da Mpox

A doença conhecida popularmente como 'varíola dos macacos' é chamada oficialmente de Mpox. Ela é causada pelo vírus Mpox (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e da família Poxviridae. É reconhecida como uma doença zoonótica viral, cujos principais sinais e sintomas são erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrios e fraqueza.

Estágios da doença

Há um intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus e o aparecimento dos sintomas da Mpox. O período de incubação varia de 3 a 16 dias, podendo chegar até a 21 dias. Após a manifestação de sintomas, como erupções na pele, a pessoa infectada deixa de transmitir o vírus a outras pessoas quando as crostas desaparecem.

As erupções na pele podem começar de um a três dias após o início da febre. Segundo a Secretaria da Saúde, às vezes, elas podem aparecer antes da febre. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, e podem formar crostas que secam e caem.

Transmissão da Mpox

A Mpox é transmissível de diferentes formas, como pelo contato direto entre pessoas, incluindo contato pele a pele e com secreções. A exposição próxima e prolongada a gotículas e outras secreções respiratórias também pode transmitir o vírus. A infecção pode ocorrer, principalmente pelo contato direto entre uma pessoa saudável e uma pessoa infectada com lesões na pele ou fluidos corporais (pus e sangue das lesões). Úlceras, lesões ou feridas na boca podem ser infectantes, o que leva o vírus a ser transmitido por meio da saliva.

Outros meios de infecção incluem o contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, utensílios e pratos que estiveram em contato com uma pessoa doente. A transmissão por meio de gotículas normalmente requer contato próximo e prolongado entre o infectado e outras pessoas, tornando familiares, parceiros íntimos e profissionais de saúde os mais vulneráveis à infecção.

A Secretaria da Saúde alerta que a doença pode ser transmitida desde o início dos sintomas até que todas as erupções tenham cicatrizado completamente e uma nova camada de pele tenha se formado. A doença pode evoluir de quadros leves a moderados e durar de 2 a 4 semanas.

Cuidados a serem tomados em casa

A recomendação é que as pessoas lavem regularmente as mãos com água e sabão e usem álcool em gel, especialmente após o contato com pessoas infectadas ou com roupas, lençóis, toalhas e outros itens e superfícies que possam ter entrado em contato com erupções, lesões de pele ou secreções respiratórias.

Objetos, utensílios, roupas e roupas de cama devem ser lavados com água morna e detergente. Todas as superfícies contaminadas devem ser constantemente desinfetadas e limpas. Resíduos contaminados, como curativos, devem ser descartados adequadamente.

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