Brasil sobe ao pódio no atletismo e no halterofilismo
No sétimo dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Paris, o Brasil subiu ao pódio mais uma vez no atletismo - já são 24 medalhas do país na modalidade -, e também no halterofilismo, alcançando a marca de 50 conquistas no evento esportivo.
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A primeira medalha do dia veio com o velocista maranhense Bartolomeu Chaves, 22. Em sua estreia em Paralimpíadas, o Passarinho, como Chaves é mais conhecido no meio esportivo, ficou com a prata nos 400m da classe T37 (paralisados cerebrais para andantes), no Stade de France.
O brasileiro, que é o atual campeão mundial da prova, completou a distância com o tempo de 50s39. O russo Andrei Vdovin, que compete sob bandeira neutra devido à invasão de seu país à Ucrânia, levou o ouro (50s27). O bronze foi do tunisiano Amen Allah Tissaoui (50s50).
"Dei tudo o que tinha, tudo mesmo. Estava com o joelho inflamado na aclimatação, mas com a ajuda do pessoal do CPB conseguimos melhorar e correr para conseguir essa medalha. Senti um pouco na reta, as pernas pesaram, mas no final deu certo", disse Chaves em declarações publicadas pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).
No período da tarde, o Brasil ainda disputa a final dos 100m T53 (cadeirantes), às 14h17 (horário de Brasília), com o paraibano Ariosvaldo Silva, 47, o Parré, que fez a terceira melhor marca geral nas classificatórias (15s19).
Um pouco mais cedo, às 14h04, a paulista Verônica Hipólito, 28, e a baiana Samira Brito, 35, participam da final dos 100m da classe T36 (paralisados cerebrais).
Halterofilismo garante 50ª medalha do brasil na frança
No primeiro dia de competições do halterofilismo, o Brasil já subiu ao pódio com a mineira Lara Lima, 21, bronze na categoria até 41kg.
Atleta mais jovem da delegação brasileira de halterofilismo na França, Lara garantiu o pódio ao suportar 109 kg no supino. A medalha foi a 50ª do Brasil na competição - a meta do CPB é alcançar entre 70 e 90 medalhas em Paris.
O ouro ficou com a chinesa Zhe Cui, que bateu o recorde paralímpico ao levantar 119 kg. A prata ficou com a nigeriana Esther Nworgu (118 kg).
"Esse bronze tem sabor de ouro, chega com muita dedicação, muito trabalho. Pessoas incríveis me ajudaram, minha mãe, minha irmã. Minha mãe merece essa medalha tanto quanto eu, é muito bom poder levar essa medalha para elas. Foco nos meus movimentos, e para 2028 (nos Jogos de Los Angeles) pretendo subir um nível", disse Lara, que também foi bronze no Mundial de Dubai, em 2023.
Carol Santiago avança à final dos 100m livre com melhor tempo
Na natação, a pernambucana Carol Santiago, 39, brasileira com mais ouros nas Paralimpíadas, quer ampliar o recorde. Ela avançou à final dos 100m livre S12 (deficiência visual) com o tempo de 1min00s50, o melhor das eliminatórias.
A nadadora já conquistou cinco ouros nos Jogos, sendo dois em Paris-2024 (100m costas e 50m livre), e três em Tóquio-2020 (100m livre, 50m livre e 100m peito).
Também participa da mesma final a paraense Lucilene Sousa, 24, que se classificou com o sexto melhor tempo das classificatórias (1min03s14). A decisão está marcada para as 12h36.
A mineira Patrícia Pereira, 46, e a fluminense Lídia Cruz, que completa 26 anos nesta quarta-feira (4), avançaram à final dos 50m peito S3 (limitações físico-motoras), prevista para as 13h59. Patrícia fez a segunda melhor marca das eliminatórias (58s82), e Lídia, a quinta (1min03s36).
Já a fluminense Mariana Gesteira, 29, que foi bronze nos 100m costas na véspera, disputa a final dos 100m livre S9 (limitações físico-motoras), às 14h35. Ela se classificou com o quinto melhor tempo (1min04s62).
Brasil perde para Ucrânia no goaball
No goalball, a seleção masculina, atual campeã paralímpica, perdeu na semifinal para a Ucrânia por 6 a 4. A equipe espera agora pelo confronto entre China e Japão para conhecer o adversário pela medalha de bronze, que acontece na quinta-feira (5), às 8h15.
A seleção feminina, por sua vez, luta por uma vaga na grande final às 14h45 contra a Turquia, atual bicampeã paralímpica.
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