A FAVOR OU CONTRA?

Estado consulta pais sobre programa cívico-militar em escolas

Por Pedro Baccelli | da Redação
| Tempo de leitura: 1 min
Sampi/Franca
Arquivo/GCN
Fachada da diretoria Escola Estadual ‘Maria D’Elia, em Franca
Fachada da diretoria Escola Estadual ‘Maria D’Elia, em Franca

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo abriu nesta quinta-feira, 1°, uma pesquisa de opinião para as comunidades escolares que manifestaram interesse na adoção do modelo cívico-militar. Cinco instituições de Franca se candidataram para receber o programa: escolas estaduais “Antônio Fachada”, “Carmem Munhoz Coelho”, “Mário D’Elia”, “Michel Haber” e “Sudário Ferreira”.

As diretorias das unidades tiveram entre os dias 21 e 28 de julho para opinarem sobre a adesão cívico-militar. Na rede estadual paulista, 302 escolas manifestaram interesse. Estas instituições tiveram até essa quarta-feira, 31, para realizarem reuniões com os pais ou responsáveis por alunos para esclarecer dúvidas e discutir a nova proposta, como foi noticiado pelo Portal GCN/Rede Sampi sobre a Escola Estadual “Mário D´Elia”, no Jardim Consolação. 

Poderão participar da consulta pública aberta a partir desta quinta-feira: mãe, pai ou responsável pelos alunos menores de 16 anos de idade; estudantes a partir de 16 anos de idade, ou seus familiares, em caso de abstenção de alunos dessa faixa etária; e professores e outros profissionais da equipe escolar. O público poderá opinar clicando aqui!

O planejamento do governo estadual é implantar o programa em 45 escolas até 2025, com acompanhamento dos resultados para ampliação do número de instituições participantes no futuro. 

Para concorrer, as escolas precisam ter 50% dos votantes optando pelo sim. Os critérios de desempate serão a distância de até dois quilômetros de outra unidade que não optou pelo programa; número de votos válidos a favor da implantação; escolas com mais níveis de ensino, ou seja, que ofertam o Ensino Fundamental e o Médio; e unidades com mais estudantes que se ausentaram nas provas do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo).

As instituições selecionadas para implantação do programa cívico-militar serão divulgadas até o final do mês de agosto.

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Comentários

2 Comentários

  • Darsio 02/08/2024
    Professores e gestores dessas escolas poderiam nos apontar algum país que, pelo PISA se destaca na educação, em que esse modelo de escola foi implantado? Certamente que não, pois isso não existe. Aliás, tais educadores dessas escolas que pleiteiam o modelo cívico-militar costumam ler algum livro acerca da educação ou são meros leigos no assunto? São também críticos de Paulo Freire, sem ter lido um só de seus livros, como é costume nesse país? Afinal, dizem que os professores não são unidos, mas tenho pra mim que muitos são completamente despolitizados e discursam no nível do senso comum, isto é, uma espécie de proletariado barato, sem a mínima consciência do papel de um educador na sociedade e muito menos de classe. E, quando é que implantarão as escolas religiosas em que os livros serão substituídos pela bíblia e, alunos e professores contribuirão com dízimos? A teoria da Evolução será substituída pelo criacionismo e, o heliocentrismo pelo geocentrismo, assim como qualquer praticante de ciência será quisto como bruxo e, portanto, condenado a cadeia. Falta pouco para que isso ocorra. E, por fim pergunto por qual motivos as autoridades da educação, tais como o próprio governador e o secretário, assim como os Dirigentes de Ensino, não matriculam seus filhos e netos nesse modelo de escola?
  • Darsio 01/08/2024
    A ignorância é tamanha que, se confunde as escolas militares com esse modelo estabelecido pelo governo de São Paulo. Mas, mais surpreendente é contatar o quanto a gestão e professores dessa escola são ainda mais ignorantes. A escolas militares já existem há muito tempo e a qualidade se justifica pelo rígido processo seletivo para o ingresso nas mesmas. Fico a pensar no que um policial aposentado e, que mal possui ensino médio, irá contribuir para o aprendizado dos alunos. Será por que ensinará ética, moral ou o sistema político do país? Mas, já não existem professores de sociologia e de filosofia com no mínimo quatro anos de formação universitária? Ou será que esperam que os alunos batam continência para professores e só respirem se assim for permitido? Quanto mais se cava o poço, mais conseguem piorar a educação. Além disso, por qual motivo esse modelo não é implantado em escolas de muito maior vulnerabilidade social? Seria medo de constatar o óbvio, ou seja, que nada acrescentará? Isso mais parece o modelo de escolas de tempo integral, em que há uma seleção de alunos e, obviamente os resultados acabam sendo muito melhores do que as escolas de regime comum.