Você se lembra de quando caiu à última chuva volumosa em Franca? Dados da Defesa Civil do Estado de São Paulo mostram que foram 7 milímetros no longínquo 12 de abril. Neste domingo, 21 de julho, completaram-se exatos 100 dias. Período de estiagem que, segundo os institutos meteorológicos, não tem data para acabar. Para a medicina, risco de doenças respiratórias.

Durante o período, gotejou na cidade em, pelo menos, dois domingos (dias 23 e 30 de junho). Além de não ser esperado pela previsão, o volume não foi suficiente nem para ser registrado pela meteorologia, não sendo contabilizado pela Defesa Civil.

Historicamente, junho (17,9 milímetros), julho (18,4 mm) e maio (57,5 mm) são mesmo os meses com menor volume de chuva em Franca ao longo do ano. Estiagem que se acentuou em 2024. No mesmo período de 100 dias de 2023, porém, a cidade recebeu 101,1 milímetros.

Abaixo dos 60% considerados como mínimo ideal para a saúde humana

Sem chuvas e temperaturas elevadas. Combinação perfeita para derrubar a umidade do ar. Alertas climatológicos são publicados – quase que diariamente – pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) sobre o assunto. A umidade, principalmente no período da tarde, oscila entre 15% e 30% – percentual que fica abaixo dos 60% considerados como mínimo ideal para a saúde humana pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

A Secretaria Municipal de Saúde informou que o tempo seco e baixa umidade do ar podem causar o aumento de sintomas respiratórios e alérgicos, e doenças como rinite alérgica, sinusite, gripe e asma passam a ficar entre as principais causas da busca por atendimentos nas unidades de urgência e emergência do município.

Ainda segundo a pasta, a média de atendimento nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) dos Jardins Anita e Aeroporto e nos Prontos-socorros Adulto "Álvaro Azzuz" e Infantil "Magid Bachur Filho" é de aproximadamente 2,5 mil pacientes por dia. Em julho, ainda não foi observado aumento na média diária comparado aos meses de abril, maio e junho.