A diretora da creche Estrela de Davi, Rachel de Pádua, deu sua versão para o caso da criança que fugiu da unidade de ensino no Residencial Peres Elias, na zona Oeste de Franca, na última terça-feira, 11.
“Aconteceu mesmo de a criança escapar da unidade. Isso não poderia ter acontecido de forma alguma! É inegável, né?”, disse Rachel, antes de começar a falar diretamente sobre o caso.
A criança de 2 anos fugiu da creche localizada na rua Rodrigo da Silva Teodoro, 271, após entregadores deixarem o portão aberto. A menina percorreu 150 metros e, segundo testemunhas, quase foi atropelada por uma caminhonete e um caminhão, sendo resgatada por funcionários de um posto de combustível da região.
Diretora de cinco unidades de ensino em diversos pontos da cidade, Rachel deu detalhes sobre a criança e disse que os entregadores não avisaram os profissionais da creche sobre o caso.
A fuga
Segundo Rachel, os entregadores são ligados à Prefeitura de Franca e, todas as terças-feiras, sem um horário fixo, realizam o seu serviço. Antes de adentrar na unidade, recebem orientações para quando entrar, fechar o portão imediatamente.
“Quando ele entrou, passou o portão e não confirmou se ele realmente fechou. A criança estava em horário de almoço, ela tem a necessidade de andar e não fica ligada com o grupo, mas sempre no campo de visão”, relata a diretora da unidade.
“Eu tenho os registros, onde conseguimos ver que o motorista viu a criança correndo e gesticulou apontando a direção para onde ela foi. Ele vai até o portão da creche e fecha. Em seguida, o entregador aparece, abre... Eles se movimentam na rampa, porém não chamam ou comunicam os funcionários”.
Rachel diz que a falta da criança foi percebida por uma auxiliar, quando estavam no pátio realizando a entrega de mamão para os alunos. Ela passou a procurar a menina por toda a unidade e comunicou a professora. Ao não encontrarem a aluna, desconfiaram da fuga.
De acordo com a diretora, a professora saiu para as ruas, procurando a criança, e a encontrou no posto, a 150m da unidade. No momento do encontro, a criança aceitou ir com a professora e retornaram para a creche, onde recebeu os cuidados como banho, troca de roupa e atenção.
“Todo esse ocorrido levou apenas 17 minutos. Os entregadores, em momento algum, retornam à creche ou informam a saída da criança. A criança foi encontrada pela professora, recebeu os devidos cuidados e ficou na unidade após o ocorrido”, disse Rachel.
Após a fuga
A direção informou que entrou em contato com a mãe da criança. Rachel de Pádua disse que, em uma conversa, a unidade informou sobre as necessidades da menina e sobre as possibilidades de proporcionar um horário diferente para ela aproveitar o tempo com a mãe. Após a conversa, a responsável solicitou a transferência da filha para outra unidade de ensino.
O Conselho Tutelar foi acionado à unidade de ensino e a Prefeitura de Franca investiga o caso.
A responsável pela unidade de ensino informou que a unidade receberá uma nova proteção para a região do portão, deixando o ambiente mais seguro, além de novos treinamentos com a equipe.
“Lamentamos o ocorrido, mas já estamos realizando todas as mudanças para proporcionar a devida segurança aos alunos”, afirma a direção.
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Comentários
14 Comentários
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FERNANDO HENRIQUE DA SILVA 24/06/2024Dá pra acontecer muita coisa em 17 minutos........ Justificativa mais tosca.
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ADALBERTO Borges 24/06/2024Oque vejo hoje em dia e a terceirização da criação de filhos em alguns casos. O papel da escola e ensinar não educar. Sem generalizar mas há família que deixam seus filhos na escola para ter tempo livre acontece ou há situação pior onde a carência de recursos os leva a deixá-los em escolas o dia todo....Enfim e educação em alguns casos está sendo transferida ao estado e os pais estão perdendo a autonomia e deixando de dar um norte importante para seus filhos que pode gerar problemas futuros pois educação vem de berço e tem suas especificidades cada um tem seu modo de ser agir ... A escola tem de ensinar as ciências, e no caso aí ser responsável e evitar incidentes como este a todo custo.
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Inez Ocety 22/06/2024O pior de tudo foi a diretora dizer que a criança precisa ficar mais com a mãe, não assume a responsabilidade pelo acontecido.
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LEILA ALVES DE MEDEIROS 22/06/2024Me solidarizo com toda a Equipe escolar. Só quem trabalha em um ambiente de Educação sabe o que os profissionais passam para entregar as crianças íntegras de volta aos pais no final do expediente. Um reforço na vigilância dos portões com porteiros e câmeras de segurança vão ajudar na proteção dos pequeninos.
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Maria Cristina Fiore de Oliveira 21/06/2024Eu penso que já é hora de mudar às entregas nas unidades escolares nos horários sem alunos. Trabalhei por anos em escola e morria medo de coisas como essas. Do jeito que está não é bom. Todos falharam na escola. A culpa pertence a todos os envolvidos.
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ALEX KATO 18/06/2024Falta de responsabilidade das pessoas envolvidas. Não importa se foram 1 ou 17 minutos, a criança correu risco de vida e poderia ter morrido. O ocorrido precisa ser apurado e os responsáveis punidos.
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Adriana 18/06/2024Foi falha de todos. Os entregadores que não fecharam o portão, os funcionários da creche que não estavam atentos...qdo tem essas entregas, tem que ter alguém conferindo a entrada e saída dos entregadores. Poderia ter acontecido uma tragédia...
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ira 18/06/2024vejo a diretora,explicando,a culpa ,foi dos entregadores,vejam, uma creche, tantas crianças.se uma se ausenta,as cuidadoras, nao tem que ficar cuidando so de uma,sao muitas, se colkoquem no lugar delas, sao asalariadas, precisam do emprego,cuidadm com amorde seus filhos, p/voces poderem trabahar,, foi grave, foi, poderia ter acontrcido um acidente,sim,mas nao aconteceu, muitas vezes, nos extessamos ,quando poderia, havendo dialogo,viver melhor,. so acusaçoes, parem.pensem,,
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Marua 18/06/2024\" apenas 17 minutos \" que justificação mais absurda!! Qtas coisas ruins acontecem em 17 minutos! Nos poupe professora!
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Carlos Vicente Franco 18/06/2024É fácil julgar! Lamentável mesmo o caso...porém punir, criticar e avaliar uma situação que com certeza ninguém desejou que acontecesse é fácil.Fui gestor escolar e passei por situações que fogem do controle....porque um trabalho escolar é coletivo...Este fato poderia ter ocorrido em outros espaços , praia, shopping, igreja etc...e aí que justiça seria feita se ocorresse com algum familiar. Pensem nisso!
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Marlene Ribeiro 18/06/2024Q absurdo essa diretora afirmar 17 minutos ,essa criança poderia estar morta ,um minuto salva uma vida esse portão óbvio q ficava aberto tempo td , e se fosse filha dela ?? 17 minutos;?
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APARECIDO DONIZETE NUNES 17/06/2024Apenas 17 Minutos Diretora, e se a Criança é Atropelada e morta , explicação mais ridicula dessa Diretora.
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José Ângelo Pedigone 17/06/2024Vocês ouviram somente o lado de quem tem culpa e não irá falar nada da falha coletiva. Não existe, -criança quase foi atropelada por caminhão; -a criança foi encontrada pela professora; Sou um dos frentistas que viu a criança e chamou a polícia militar e conselho tutelar. Foi o próprio caminhão que deixou o portão aberto que confirmou com nós no posto sobre a criança e voltou pra avisar na escola. Duas funcionárias já foram dispensadas, a avó está entrando na justiça. Abraço
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ANGELICA 17/06/2024Engraçado que, de acordo com as informações anteriores, apuradas por este mesmo canal de notícias, primeiro a escola citada NEGOU a ausência da criança na escola, dizendo que era IMPOSSÍVEL a mesma ter saído de suas dependências. Segundo, nenhuma creche da prefeitura banha as crianças. Terceiro, APENAS 17 MINUTOS? Coloca essa mulher na frente da mãe da criança pra levar uns tapas por APENAS 17 MINUTOS, vamos ver se a colocação vai ser a mesma... Pensa em quanta coisa ruim acontece no mundo em APENAS 17 MINUTOS... Por favor, senhora diretora, não subestime a inteligência das pessoas .