Morreu neste domingo, 2, aos 88 anos, a escritora Thereza da Silva Moreira Rici, membro da AFL (Academia Francana de Letras). Ela já estava debilitada há algum tempo, apresentando um quadro de labirintite mais recentemente. O velório e sepultamento ocorreram nesta segunda-feira, 3, em Batatais (SP), sua cidade natal.

Thereza nasceu em 23 de novembro de 1935. Foi casada com Waldemar Rici e é mãe de José Antônio e Maria Cecília. Formou-se professora primária em Batatais em 1954. No ano seguinte, ingressou no magistério, lecionando em Pedregulho (SP), Altinópolis (SP) e Batatais. Passou em concurso público e se tornou diretora de diversas escolas nos municípios de Colina (SP), Ribeirão Corrente (SP), São José da Bela Vista (SP), Itirapuã (SP) e Franca, onde se aposentou.

Thereza também era advogada criminal, tendo se formado em 1979 na Faculdade de Direito de Franca. Especializou-se em Direito Penal e Processo Penal em 1999. Também era bacharel em Pedagogia. Ela participou do Grupo Veredas de Literatura e foi colaboradora do jornal Comércio da Franca. Foi também colaboradora da seção "Nossas Letras" do Portal GCN/Sampi.

A escritora ocupava a cadeira número 28 da Academia Francana de Letras, cujo patrono é Machado de Assis. Escreveu Ocorrências, 1996 (crônicas); Quem matou Jacira?, 2001 (romance); A Árvore dos Sonhos, 2003 (romance); O enigma de Clarice, 2007 (romance). Thereza ainda participou da antologia Memórias da Academia Francana de Letras, 2017; e da coletânea Prosaversando – 25 anos da AFL, 2021.

"Tereza foi uma escritora que contribuiu muito com o fortalecimento da AFL. Sua ausência será sentida por todos  e sua obra permanecerá como marco de uma mulher forte e inteligente que soube magistralmente transcrever o seu dia a dia como advogada criminalista em  romances policiais. Vai fazer falta na AFL e na cidade de Franca", lamentou a presidente da Academia Francana de Letras, Perpétua Amorim.