O fundador do “Instituto Pablo Henrique”, que atende crianças e adolescentes em Franca, disse que vem encontrando dificuldades para inscrever sua entidade junto ao Conselho Municipal de Assistência Social da cidade.

A denúncia do presidente da entidade, Jefferson de Carvalho, foi feita durante o uso da Tribuna da sessão desta terça-feira, 28, da Câmara Municipal de Franca. A sessão foi realizada no Centro Comunitário do Jardim Panorama, zona Leste de Franca.

Segundo Jefferson, o cadastramento tem a finalidade habilitar o Instituto para poder receber verbas impositivas destinadas pelos vereadores da cidade com a finalidade de expandir os serviços.

Para isso, o Instituto precisa efetuar a inscrição no órgão na modalidade social. Apesar de toda documentação regularizada, Jefferson disse que recebeu a segunda resposta do Conselho: “Tem uma resistência da gestão para não dar (verba) pra vocês”. Jefferson não citou nomes.

Segundo Jefferson, a entidade, que fica na zona Oeste da cidade, trabalha em parceria com o Crass, e tem uma demanda de espera de mais de 70 crianças e adolescentes. “A gente recebe um recurso da Feac (Fundação de Esporte, Arte e Cultura) no valor de R$ 85 mil/ano para executar cinco modalidades de atividades dentro do projeto de musicalização infantil e já não é o suficiente. Já está saindo nossa inscrição estadual de utilidade pública, e aqui (município) está tudo parado”, disse.

Durante seu discurso, Jefferson citou o caso de seu filho, que morreu aos 6 anos de idade, e chegou a chorar. “Eu tenho um projeto que se chama “Voando Alto” para levar às escolas um assistente social e um psicólogo para acolher os adolescentes em risco de suicídio. Quando falaram que eu não iria receber essas impositivas, eu senti tirando o meu filho de novo”, disse.