CASO BANCO DO BRASIL

Perícia rebate participação de ex-jogador no assalto ao BB

da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Hevertom Talles/GCN
Movimentação policial na agência do Banco do Brasil, na Vila Aparecida (no destaque, o vigilante Adriano Costa)
Movimentação policial na agência do Banco do Brasil, na Vila Aparecida (no destaque, o vigilante Adriano Costa)

Na semana passada, a Justiça revogou a prisão preventiva do ex-jogador João Paulo de Castro Ferreira, que é acusado de participar da tentativa de roubo ao Banco do Brasil, na avenida Brasil, que terminou com a morte do vigilante Adriano Costa. Uma perícia particular, contratada pela defesa do jogador, foi fundamental para que ele não fosse mais considerado “foragido” pela Justiça.

O portal GCN/Sampi teve acesso ao documento que foi anexado na última audiência. Nele, o perito contratado apontou inconsistências nas provas de imagens, como uso predominante da mão esquerda, sendo que João Paulo é destro, e também na fisionomia dele.

“Apesar da baixa qualidade, a câmera da agência bancária forneceu detalhes mínimos sobre o suspeito, insuficientes para identificação conclusiva. A análise técnica, embora limitada pela qualidade das imagens, reforça a narrativa de que João Paulo de Castro Ferreira não seria o indivíduo presente no telhado da agência. Diferenças significativas foram observadas entre o suspeito e João Paulo de Castro Ferreira, descartando a possibilidade de serem a mesma pessoa”, diz a conclusão da perícia.

A tecnologia usada pelo parecer técnico também apontou uma divergência na altura, cabelo, barba e o formato do rosto de João Paulo, que segundo o perito forense é “oval” e o do suspeito é “quadrado”.

"Essa divergência entre as alegações do acusado e o comportamento observado nas imagens destaca a necessidade de uma investigação mais aprofundada, respeitando o princípio fundamental do direito que preconiza a presunção de inocência e requer evidências conclusivas antes de qualquer julgamento”, continuou a conclusão.

Para o perito, a análise de imagens é muito importante para a investigação criminal, já que no caso do latrocínio foram encontradas divergências.

“Esses resultados destacam a importância da análise forense audiovisual abrangente e rigorosa na investigação criminal, enfatizando a necessidade de considerar todas as evidências disponíveis antes de tirar conclusões definitivas sobre a culpabilidade de um indivíduo”.

Toda conclusão do laudo foi essencial para que o juiz que está à frente do caso tenha revogado a prisão de João Paulo até o término do processo. Uma mudança de depoimento de uma testemunha também colaborou para a decisão do magistrado.

João Paulo ficará sendo monitorado por uma tornozeleira eletrônica, que foi colocada na Penitenciária de Franca.

Ex-jogador
A carreira do volante João Paulo de Castro Ferreira foi marcada por passagens por vários times do Estado de São Paulo. Teve início na base do Palmeiras, chegou a atuar em alguns jogos com o time profissional, depois teve seu auge no time do Audax, de Osasco, em 2015, onde foi treinado pelo técnico Fernando Diniz, atual treinador do Fluminense. João Paulo foi comandado por Diniz também no Votoraty, da cidade de Votorantim (SP), entre 2009 e 2010, conquistando o título da Série A3 do Campeonato Paulista de 2009.

Confira os clubes defendidos por João Paulo:

  • Palmeiras: 2003 a 2006
  • Grêmio Barueri: 1º semestre de 2007
  • Mirassol: 2º semestre de 2007
  • Guarani: 2008
  • Votoraty: 2009 a 2010
  • Gama (DF): 2010
  • Paulista de Jundiaí: 2011
  • Itumbiara (GO): 2011 a 2012
  • Atlético Sorocaba: 2012
  • Santo André: 2012 a 2013
  • Mogi Mirim: 2013
  • Guaratinguetá: 2014
  • Osasco Audax: 2014 a 2015
  • Guarani: 2016 (depois encerrou a carreira)

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