
Em um áudio, obtido pela reportagem da TV Thathi Record Campinas, a madrasta do menino Gustavo Henrique Cardoso, de 7 anos, revelou que estava cansada do pequeno. A mensagem de voz foi enviada à mãe do garoto, morto na segunda-feira, 6, pelo pai e pela madrasta, em Vinhedo.
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“O Gustavo está falando que quer ir morar com você faz tempo. Como dá para fazer aí? Porque o Pedro (pai do menino) já está cansado. Eu também já estou cansada e a gente não é obrigada a ficar ouvindo isso não, entendeu”, disse a madrasta no áudio.
Dias depois, Gustavo foi encontrado morto no bairro Capela, em Vinhedo. Pedro Vitor Joseph do Prado, o pai da vítima, e Camila Luiz Gomes da Silva, a madrasta, foram presos e são os principais suspeitos do crime.
Segundo a Guarda Municipal, a criança já era agredida e torturada pelo casal. A vítima estava morta em cima da cama.
O corpo do menino foi sepultado na terça-feira, 7, quando amigos e familiares prestaram as últimas homenagens a Gustavo. A tia da vítima, por parte de mãe, Giovanna Batista Cardoso, revelou estar bastante abalada e afirmou que a família já havia tentado retirar Gustavo dos cuidados do casal.
“A gente tentou pegar ele. Eu e minha mãe. Ela (madrasta) veio para cima da minha mãe e eu entrei para defender. Os policiais chegaram e um deles me disse que a gente não tinha direito de levar o menino e tínhamos que deixar ele lá. Eu quero justiça, porque o Conselho Tutelar estava ciente”.
Segundo a tia da vítima, Camila havia entrado em contato para informar que não queriam a criança. Entretanto, no local, tudo mudou.
“Ela me mandou um áudio. Ela falou que não queriam mais ficar com ele. Mas eu não sei porque eles não me entregaram a criança. Perguntei para ela e ela afirmou que foi uma briga, um desentendimento entre eles e haviam mudado de ideia. Mas nós brigamos por ele, porém não conseguimos”.
A tia ainda deu detalhes de como estava o corpo de Gustavo após a morte. Segundo ela, o menino foi torturado e ficou irreconhecível, por conta das agressões sofridas pelo pai e pela madrasta.
“Eu fui ao IML (Instituto Médico Legal) para reconhecer o corpo e está irreconhecível. Não é o Gustavo lá. Ele levou facadas, o rosto dele está todo deformado. Eles tiraram o olho dele para fora de tanto dar pancada. Eles bateram a cabeça dele na parede, muitas vezes. Ele tava todo mordido, arrancaram pedaços dele. O que uma criança faz para merecer isso?”.
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