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CLÍNICA DE IDOSOS
Pastor é acusado de sequestro em Patrocínio e continua preso
Carlos Roberto da Cunha era responsável por uma comunidade terapêutica clandestina na zona rural da cidade, segundo Ministério Público.
Por Igor Araújo | 07/05/2024 | Tempo de leitura: 1 min
da Redação
Reprodução
O Ministério Público denunciou e obteve a prisão preventiva do responsável por uma comunidade terapêutica clandestina na zona rural de Patrocínio Paulista.
O pastor Carlos Roberto da Cunha foi detido em uma operação no último dia 30 de abril, em Patrocínio, que interditou o estabelecimento e resgatou oito idosos mantidos em condições precárias de higiene e cuidados.
Carlos Roberto foi preso no mesmo dia da operação, mas teve sua prisão preventiva decretada no dia 3 de maio. Ele fica à disposição da Justiça e está na cadeia pública de Franca.
A denúncia, feita pelo promotor de Justiça Túlio Vinicius Rosa, baseia-se em constatações de uma força-tarefa que encontrou o local em péssimo estado, com separações inadequadas entre os ambientes, sujeira generalizada, alimentos vencidos e falta de condições mínimas de saúde e higiene. Os idosos resgatados, todos com idade média acima de 60 anos e a maioria da cidade de Franca, foram encaminhados para avaliação clínica na Santa Casa de Patrocínio Paulista.
Segundo as investigações, o pastor Carlos Roberto da Cunha vinha utilizando a denominação de "comunidade terapêutica acolhedora" para manter idosos com deficiência psicossocial confinados contra sua vontade ou sem consentimento válido. Familiares dos idosos pagavam mensalidades entre R$ 600 e R$ 750 para a instituição, que carecia de profissionais de saúde e infraestrutura adequada.
De acordo com o MP, o local também apresentava problemas estruturais, como falta de ventilação, fiações expostas e ausência de equipamentos de acessibilidade. Além disso, a proximidade com instalações como um galinheiro e um chiqueiro gerava odores desagradáveis, agravados em dias de calor.
A denúncia formaliza a acusação de sequestro e cárcere privado, crimes previstos no artigo 148 do Código Penal, e anexa documentos que demonstrariam a prática irregular desde pelo menos 2018.
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07/05/2024