O vigilante Samuel da Silva Santos, de 47 anos, baleado por um adolescente de 16 na tarde desta quinta-feira (2), no interior de uma agência do Banco do Brasil (BB), no Centro de Bauru, recebeu alta na manhã desta sexta-feira (3) do Pronto-Socorro Central (PSC). Ele ficou com um projétil alojado na nuca, consta do boletim de ocorrência (BO). Segundo a reportagem apurou, a equipe médica avaliou que não seria interessante a remoção da bala, no caso dele, neste momento.

Ainda segundo o registro policial, o garoto que sacou sua arma e disparou foi apreendido e levado à Fundação Casa por conta do ato infracional relativo à tentativa de homicídio. Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o nome dele foi preservado.

O CRIME

Conforme o JCNET noticiou, Samuel estava em serviço no banco localizado em frente à Praça Rui Barbosa, e foi baleado no pescoço quando teve a arma subitamente arrancada do seu coldre pelo adolescente, que disparou, por razões a serem apuradas. Apesar da grave lesão, estava consciente e conversando quando foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao PSC.

Segundo o primeiro-tenente Luiz Antônio de Souza Antonetti Carvalho, que coordenou a ação da Polícia Militar (PM) no local, o adolescente de 16 anos estava na parte interna da agência, acompanhado por duas primas, quando, por motivos a serem esclarecidos, ao passar ao lado de Samuel, próximo à porta giratória, tomou a iniciativa.

Imagens de uma câmera de segurança as quais o JCNET teve acesso mostram que o segurança tenta impedir a ação, sem êxito. O agressor dá alguns passos para trás e, em um instinto de proteção, o vigilante estende uma das mãos à frente, momento em que é baleado com único tiro. Um colega dele, também em serviço, efetuou um disparo em direção ao rapaz armado, mas não o acertou. A bala quebrou um vidro da área interna. Outros dois vigilantes também deram apoio, sendo que o adolescente, na sequência, colocou a arma no chão e se rendeu.

As primas ainda se colocaram à frente do adolescente, fazendo uma espécie de escudo, temendo que ele fosse alvejado. Responsável pelo jovem, a tia-avó, uma aposentada de 74 anos, esteve no Plantão Policial e acompanhou o jovem ser levado em custódia. Antes, ainda na agência bancária, as primas comentaram acreditar que o adolescente tenha tido um surto em decorrência de algum problema psiquiátrico, sem diagnóstico ou acompanhamento especializado, o que ainda não está claro.

Em nota, o Banco do Brasil destacou que o Samu e a PM foram acionados imediatamente após o fato. Afirmou que o vigilante é funcionário de uma empresa terceirizada prestadora de serviços e está recebendo todo o apoio, situação reiterada pela própria empresa. Acrescentou, ainda, que o banco está colaborando com as investigações.