Ingredientes
- 4 batatas médias
- 4 colheres (sopa) de amido de milho
- 2 ovos
- Muçarela em pedacinhos
- Sal a gosto
- Pimenta-do-reino a gosto
- Óleo para fritar
Comida é cultura, é patrimônio, é emoção também. Muitas vezes comer certos alimentos é ligar-se ao local onde foi degustado ou à lembrança de quem os preparou. Quando resgatamos nossas memórias de infância, geralmente lembramos de almoços em família, com algum prato atraente já à primeira vista. Fora de refeições mais fartas, ou seja, na hora do lanche ou do café da tarde, na lembrança de quase todo adulto haverá uma criança saboreando bolinhos. No Brasil, o mais conhecido é o de chuva: redondinho, dourado, polvilhado com açúcar e canela. Entre os salgados, o de arroz. O de batata, delicioso também, é pouco frequente em nossa região.
Sua presença é mais constante nas mesas do sul por razões históricas: ali se fixaram os imigrantes alemães no século passado e o bolinho de batata é iguaria amplamente conhecida pelas famílias de origem germânica, aparecendo em qualquer refeição. Mas é diferente do que foi adaptado em nosso país. O tradicional dos alemães tem massa rústica e achatada lembrando uma panqueca. Em sua composição entram batata crua ralada, ovos, leite e condimentos. Os brasileiros fizeram adaptações e criaram o seu com batata cozida, amassada, recheada com queijo ou presunto, geralmente. Existem muitas receitas e o segredo de cada é o tempero escolhido.
Resolvi mostrar os bolinhos de batata com queijo, cuja foto ilustra o texto, ao reencontrar um caderno de receitas com letra manuscrita, a minha, vejam só! Ele andou perdido por décadas. Lembrei-me de que os preparava quando meus filhos eram pequenos e morávamos na rua Manacá. A receita é boa: eles ficam sequinhos por fora e macios no seu interior. O pedacinho (pequeno!) de queijo colocado dentro derrete quando frito, o que o torna uma tentação. Difícil é comer só um!
O importante é cozinhar as batatas com casca. Assim, elas não vão reter muita água, o que prejudica a massa. Depois de mornas, descasque e, imediatamente, leve ao amassador por duas vezes, para que o purê obtido fique fininho. Em seguida junte o sal e os ovos. Misture bem e aos poucos agregue o amido de milho. Não pode ser farinha de trigo? Não pode. Quando se formar uma massa homogênea, umedeça as mãos com água e formate bolinhas do tamanho que preferir. Achate-as e coloque no seu interior pedacinho de muçarela e volte a enrolar. O pedaço de queijo deve ser pequeno para que não expanda demais ao fritar e comprometa o formato do bolinho. Outra opção de recheio é o presunto.
Quando todas estiverem formatadas, coloque numa travessa e leve à geladeira por um mínimo de duas horas: esse é o pulo do gato. Frite os bolinhos aos poucos, em óleo quente, virando-os com colher quando um dos lados estiver dourado. Retire-os com espumadeira para um prato forrado com papel toalha. Leve à mesa ainda bem quentes, com o molho de sua preferência.
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.