Até onde vai amor de pai? A dificuldade de encontrar projetos sociais inclusivos para o pequeno Davi Queiroz, de 6 anos, diagnosticado com TEA (Transtorno do Espectro Autista), levou Alexandre Queiroz a criar o Sentidos do Movimento. A iniciativa oferece gratuitamente aulas de basquetebol e acompanhamento multidisciplinar para 30 crianças de Franca.

Alexandre elabora projetos para as OSCs (Organizações da Sociedade Civil) para captar recursos, sejam municipais, estaduais ou federais. Diante da escassez de atividades inclusivas, se reuniu com as terapeutas do filho para elaborar um programa. “Elas toparam a ideia. A gente construiu o projeto em quatro mãos e eu apresentei para o Instituto Chuí de Esportes, para a diretoria e para o ex-atleta de basquete. Na hora eles falaram, pode inscrever”, diz o pai.

O projeto realizado pelo instituto foi beneficiado com a Lei de Incentivo ao Esporte, programa do Ministério do Esporte, com patrocínio do Zurich Santander. A Feac (Fundação de Esporte, Arte e Cultura) de Franca cedeu as quadras externas do Poliesportivo para as aulas serem ministradas. Em seu primeiro ano, o Sentidos do Movimento atendeu 30 crianças, de ambos os gêneros, com idades entre 4 e 12 anos.

Destinado para crianças diagnosticadas com síndrome de Down, TEA ou TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), o projeto está com 30 vagas abertas em 2024. Os pais ou responsáveis precisam levar o xerox do RG e CPF (do adulto e da criança), comprovante de endereço, declaração de matrícula escolar e o CID (Classificação Internacional de Doenças) nas quadras externas do poliesportivo nesta segunda-feira, 29, das 8h30 às 11 horas, e das 14h às 17 horas.

A prática esportiva é acompanhada de uma equipe multidisciplinar formada pelo coordenador Marco Aurélio Pegolo dos Santos, estagiários Júlia Eduarda Teles e Robson Luiz da Silva Junior, fonoaudióloga Lais di Filippo de Mello, pedagoga Bárbara Maria Aureliano, professor de educação física Carlos Alberto Rodrigues e a supervisora Dayana dos Reis Rodrigues.

“Têm os temas transversais, que são trabalhados, como leitura e meio ambiente, essa parte da fala, que a fonoaudióloga trabalha... Tem a parte da pedagoga, que inserem no basquete as letras e os numerais”.