Cariolato chamou atenção do professor Lorenzone, que o influenciou para o seu início nas aulas de pintura. Assim, frequentou a L'Accademia di Belle Arti di Venezia e tomou gosto pela arquitetura, mas prestou serviço militar no início da 1ª Guerra Mundial e, consequentemente, interrompeu os seus estudos.

Bonaventura encerrou o seu ciclo no exército em 1922 e no ano seguinte mudou-se para o Brasil. Inicialmente, foi para Conquista (MG) e em questão de tempo transferiu-se para Franca.

A trajetória do Cariolatto em Franca
Cariolato foi membro da Sociedade Italiana de Franca e desde 1934 figurava no Salão Paulista de Belas Artes e nos demais salões de artes francanos. Também criou uma empresa com propostas de serraria, fabricação de móveis e construção de prédios. Somente em 1948, que entregou-se de corpo e alma para pintura.

Reconhecido pelo seu estilo romântico, com quadros sobre paisagens e momentos históricos, esse pintor viveu o auge da sua carreira com a autoria do projeto de construção do Mosteiro de Claraval (MG), obra que durou de 1951 até 1969.

Já em solo francano, o artista italiano atuou na decoração da Catedral Diocesana, no trabalho em artes e composição de gesso e até estimulou uma geração de pintores francanos. As paisagens de Franca, Ouro Preto (MG) e Mariana “invadiram” as suas telas.

Afetado por uma catarata, Cariolato ainda aprimorou a técnica “Aquarela”, o que permitiu as suas obras com cromos, boqueirões, furnas, clareiras de mata e carros de bois. Também ganhou vários prêmios em diversas exposições.

Particularidade
Bonaventura Cariolato casou-se na Itália com Adélia Crosara Cariolato, cuja união permitiu o nascimento da única filha Maria Luiza. Bonaventura sofreu insuficiência circulatória e morreu em 20 de novembro de 1989. A casa desse pintor localizada na Rua Campos Salles, 2.210, é patrimônio histórico tombado e que neste momento continua sem atividades.