
A cidade de Franca vai completar 200 anos de fundação em 28 de novembro, período em que atingiu reconhecimento nacional e internacional como Capital do Calçado e do Basquete. A diferença é que a sua história não se baseia apenas no setor calçadista e nas quadras de basquete do EETC (Escola Estadual Torquato Caleiro), do Clube dos Bagres e do Pedrocão.
Esse município do nordeste paulista já foi feliz no futebol. E, no auge, contou com a ajuda de Mário Mota Filho, o Marinho, camisa 10 e capitão da Francana na campanha do título da Intermediária (Atual A2) do Paulista de 1977, conquista que garantiu o acesso da Veterana para Especial de São Paulo (Divisão A1 da atualidade).
A trajetória do Marinho
Nascido em 29 de janeiro de 1952, em Santos (SP), Marinho vestiu as cores da Portuguesa Santista-SP, Santos, Dom Bosco-MT e Operário-MT, clube em que conseguiu dois títulos estaduais, em 1974 e 1976, e o que influenciou na sua contratação para Francana ainda em 1976.
Marinho atraiu atenção do clube da Simão Caleiro pelo seu passe, visão de jogo e espírito de liderança, características que o tornaram como “cérebro” da equipe. Assim, disputou a Intermediária de 1976, época que a Francana amargou o "quase" acesso para Especial, quando ficou de fora do quadrangular final.
Marinho ainda permaneceu após esse revés e assumiu a braçadeira de capitão do elenco alviverde da Intermediária de 1977, que foi chefiado por Eca Chagas e composto por Antenor, Tuca, David, Silva, Zé Mauro, Geninho, Ismael, Mamão, Gaspar, Mané, Silva, Boca, Maurício, Eraldo, Renê, Reynaldo, Delém, Zé Antônio, Leôncio, Assis, Bando, Mingo, Manezinho e Paraná.
“Eu gostava da personalidade do Marinho. Era um líder. O maior meia-esquerda que a Francana já teve. Pessoa espetacular. Na nossa passagem, Antenor era ponta-direita, e eu era lateral-direito, e já sabíamos que poderíamos passar, quando o Marinho pegava na bola”, recordou Gaspar em entrevista exclusiva para o GCN/Sampi.
Após o segundo lugar na Série Brigadeiro Jerônimo Bastos, a Francana atuou na fase final dentro do “Grupo dos Vencedores” e levou o acesso para a Especial graças ao placar de 2 a 0 em cima do Araçatuba, diante de 22 mil pessoas no Lancha Filho, em 4 de dezembro.
Marinho foi decisivo por ter iniciado a jogada do gol de cabeça de Zé Antônio, no primeiro minuto da etapa final. Momentos depois, partiu pela ponta esquerda e cruzou para a entrada da área. Na sequência, Assis se chocou com um defensor, Antenor aproveitou o rebote e acertou no ângulo o segundo gol do acesso esmeraldino, aos 36 minutos.
“O Marinho foi o grande destaque na conquista do acesso da Francana, sem sombra de dúvidas. Até mesmo pela sua tranquilidade e categoria. Eram dois jogadores rápidos pela frente: o Antenor e o Delém, pela esquerda. Os seus lançamentos foram importantes”, disse o radialista da Difusora, Marcos Silva, em contato com o GCN/Sampi.
Depois desse título, Marinho representou o manto esmeraldino por três temporadas na elite do Paulista (1978/1979 e 1980), na Série A do Campeonato Brasileiro de 1979 e se desligou da Veterana em 1980. Barretos-SP, Santo André-SP e São Paulo-RS são as outras equipes da sua carreira.
Atualmente
Marinho pendurou as chuteiras na década de 1980, casou-se com Silvia Helena Orsini Mota, relação que permitiu o nascimento dos filhos Rafaela Orsini Mota, Mário Mota Neto e Fernanda Orsini Mota, aposentou-se e vive em Franca.
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Comentários
2 Comentários
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Baltazar Oliveira 25/03/2024Me lembrou do Braga\'s For Men, contemporâneos, manja??.
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Luis Claudio dos Santos 10/03/2024Grande homenagem a este craque Marinho jogava absurdo um dos melhores meia esquerda de vi jogar. Obrigado Marinho você está na história de Franca.