ENSINO

Professores protestam contra atribuição de aulas da rede estadual em Franca

Por N. Fradique | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Colaboração
Professores em frente à Diretoria Regional de Ensino do Estado em Franca: reivindicações
Professores em frente à Diretoria Regional de Ensino do Estado em Franca: reivindicações

Um grupo de professores da rede estadual realizou protesto, nesta sexta-feira, 23, em frente à Diretoria Regional de Ensino de Franca contra os critérios adotados para a atribuição das aulas neste ano de 2024. A Regional funciona no prédio da Escola Otávio Martins de Souza, Vila Chico Júlio.

“Eles mudaram alguns critérios para a atribuição e de forma arbitrária. Há professores que avançaram mais de 400 posições e ficaram sem aulas”, disse Carlos Machado, um dos líderes da manifestação.

Manifestantes protocolaram pauta com reivindicação junto à Diretoria Regional que são consideradas importantes para a categoria, segundo Machado. “A confusão generalizada aliada a normas e critérios pouco claros cria um ambiente de desconfiança, levando os professores a questionar a lisura do processo e de seus responsáveis”, acrescentou.

Entre outros pontos, os educadores pedem que as atribuições dos professores sejam transmitidas de maneira clara, pública, transparente, e em tempo real para acompanhamento; que as atribuições em nível de escola sejam realizadas por uma comissão permanente; que a ordem de atribuição seja respeitada, independentemente de o contrato estar aberto ou não. Por fim, o documento diz que a exigência de um saldo inferior a 19 aulas para abertura de contrato não está fundamentada em documentos oficiais, solicitando uma análise dessa prática.

A diretora regional de ensino de Franca, Silma Rodrigues de Oliveira Leite, não recebeu os professores. “Protocolamos um pedido de reunião, mas ela estava em uma reunião justamente com o Secretário de Educação”, disse Machado.

Outro lado
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) disse "que o processo de atribuição de aulas e classe ocorreu de forma transparente, seguindo as diretrizes da pasta, sendo concluído na última quinta-feira (22). Nessa segunda-feira (26), foi aberta atribuição para eventuais ajustes que se façam necessários ao longo do ano. Trata-se de um processo de rotina".

Ainda segundo a Secretaria, "os contratos de professores categoria O seguem de acordo com a Lei Complementar 1093/2009 e o processo de atribuição de classes e aulas segue as determinações estabelecidas na Resolução SEDUC 2, de 18/01/2024 e Portaria CGRH 03, de 18-01-2024 e alterações. Ressalta-se que a Resolução estabelece o mínimo de 20 aulas atribuídas, com exceção para escolas com falta de professores".

"A Seduc-SP está aberta ao diálogo e apoia a livre manifestação dentro do âmbito democrático. A Diretoria de Ensino recebeu nesta quinta-feira (29/02) representantes do Sindicato e esclareceu os questionamentos apresentados", finaliza.

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Comentários

7 Comentários

  • Simone 27/02/2024
    Essas atribuições sempre foram\"asquerosas\", pelo visto continuam.
  • ABIN PARALELA 24/02/2024
    Concordo com o leitor Darsio. Muitos professores irão a São Paulo no ato de defesa de um sujeito que nada fez para a educação, a não ser entregar as chaves dos cofres do MEC para dois pastores gatunos e, que além de causar a morte de milhares de pessoas com campanhas contra a vacinação, tudo fez para dar um golpe na nossa democracia. Mas, jamais foram ou iriam a uma manifestação organizada pelo sindicato em defesa dos interesses dos próprios professores. São professores que agem como gado, limitados pelo senso comum.
  • Darsio 24/02/2024
    Perdemos a conta do enorme número de professores, estejam eles com aulas ou sem. E, a categoria não consegue se quer eleger o presidente de um prostíbulo ao menos. Os policiais que, numericamente são em menor quantidade, dão uma aula aos professores, pois conseguiram eleger suas bancadas que, lutam pelos seus interesses nas diversas casas legislativas desse país e, em muitos casos o próprio executivo acaba se amarrando a essa categoria, como é o caso de São Paulo. Dizem que professores não são unidos, mas a coisa é muito mais profunda. Na verdade, muitos professores não são politizados, pois pensam e agem nos limites do senso comum e, nem se compara a um verdadeiro proletariado, pois este, ao menos possui consciência de classe. Colocam a culpa no sindicato, mas se quer acompanham e fiscalizam o seu trabalho. Vivem numa bolha, de modo que não se inteiram e muito menos acompanham as políticas públicas e seus autores. Numa eleição, insistem em votar em pessoas que, como deputados, votaram contra os interesses do magistério. Afinal, quantos não foram os professores francanos que votaram na Delegada Graciela, cujo voto na Assembleia, foi determinante para estrangular a previdência do funcionalismo público? Estamos próximos de uma eleição municipal e, certamente serão eleitos o zé do posto, o tõe galinha, a maria da fofoca e... nenhum professor que atue ou atuou nas redes municipal ou estadual. É só aguardar para ver.
  • ABIN PARALELA 24/02/2024
    Atribuição de aulas caótica; concurso público sob denúncia de graves irregularidades; material didático com erros gravíssimos, tal como afirmando ter praia na cidade de São Paulo e associação de Alzheimer com água poluída; enorme suspeita de favorecimento de empresa do secretário em licitações da própria secretaria que ele comanda e, que tudo parece que evitam investigar; assédio moral sobre professores, especialmente nas escolas de tempo integral; imposição de um plano de carreira que, não atende os professores com um maior tempo de carreira, de tal ordem que um professor com mais de 20 anos recebe menos que alguém que está começando; retirada de gratificações como o Adicional de Local de Exercício; um dos piores pisos do magistério, perdendo para estados do Norte e do Nordeste com muito menos receitas que São Paulo; escolas sem agentes escolares, funcionando em meio a um caos e sobrecarga dos poucos agentes que ainda restam. E, podemos ainda enumerar uma série de elementos que nos ajudam a entender que educação não é e não será prioridade do governo Tarcísio. Vamos fazer arminhas???
  • ABIN PARALELA 24/02/2024
    Caos!! Completo caos e regado a uma profunda indiferença. É assim que podemos analisar essa situação. Já estamos entrando na última semana de fevereiro e, ainda a atribuição de aulas não foi completada. Se não bastasse um concurso extremamente mal feito, agora nos deparamos com uma atribuição que nem marcianos e jupterianos conseguem entender de tão, mas tão malfeita. E, se não bastasse o trato dos professores como escórias, ainda vem o governador que diz que professor trabalha por amor e, portanto, seus péssimos salários são apenas um detalhe. Isso mesmo! O professor pagará suas contas em amores!!
  • Igone 23/02/2024
    Fala sério ? Ao entendo o que aconteceu a média de aulas semanais são de 32 , o que houve? Qual parte está obscura? Diretoria Estadual governamental absurdo tem professores que estão com 14 aulas semanais como explica está imprudência Fica meu repúdio exigimos uma resposta por parte da Diretoria e da srª Silma
  • Kamila Gomes Dias 23/02/2024
    Aí que a educação no Brasil é igual o cachorro rodando pra morder o próprio rabo, o estado finge que paga, o professor finge que ensina, o aluno finge que aprende, e aí vai crescendo a educação e a cultura do país, igual rabo de cavalo. Vai vendo...