O Governo do Estado de São Paulo anunciou nesta segunda-feira, 29, que criará um plano de ações para potencializar a cafeicultura paulista. A informação foi dada pelo secretário estadual de Desenvolvimento, Jorge Lima, durante a 1ª Reunião Setorial do Café do Estado de São Paulo, na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado. No encontro, a empresária francana Flávia Lancha foi escolhida para liderar a frente empresarial, que será responsável por auxiliar o governo na elaboração do plano.
Organizada em conjunto pela Secretaria de Desenvolvimento e a AMSC (Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana), a reunião contou com a presença de representantes de mais de 40 municípios produtores de café no Estado e associações cafeicultoras. Juliana Cardoso, secretária-executiva da Secretaria de Desenvolvimento; Marcelo Henrique de Assis, secretário-executivo da Cultura; Alberto Amorim, dirigente de assessoria técnica da Secretaria de Agricultura e Abastecimento; Gustavo José Melo Santos, diretor de Negócios e Fomento da Desenvolve SP, e Rui Gomes, presidente da InvestSP – agência de promoção de investimentos, também participaram do evento.
Na pauta, assuntos como oferta de cursos de capacitação, realização de eventos, criação de rotas turísticas, disponibilidade de crédito e promoção de investimentos para toda a cadeia produtiva do café. “O diálogo é fundamental para incentivar os municípios com mais vocação para a cafeicultura a criar uma agenda que inclua todos esses eventos e mais divulgação sobre a qualidade do produto local, no Brasil e no exterior”, disse o secretário Jorge Lima.
Para ele, o primeiro passo é definir como é a cadeia produtiva e suas peculiaridades no Estado, por isso a importância da participação dos municípios nesse encontro. “Temos que criar rotas em conjunto com as cidades, divulgar as marcas dos cafés produzidos no Estado, enfim, desenvolver um projeto no qual eu acredito muito que vá dar certo”.
Outras pautas abordadas foram a necessidade do fomento ao turismo rural, a aproximação de tecnologias, pesquisa e universidade ao campo, foco na divulgação das vocações regionais e das indicações geográficas da região e a busca por parceiros econômicos para investirem no escalonamento da produção ou expansão da distribuição da produção cafeeira paulista, reconhecida como uma das melhores do país.
Flávia Lancha: "grande passo"
Para a empresária Flávia Lancha, produtora rural e diretora da AMSC, foi uma reunião muito importante porque é a primeira vez que se tem um olhar especial para a cafeicultura de São Paulo. “Acredito que foi um grande passo para dar mais visibilidade, trazer desenvolvimento e fomento para as regiões da cadeia do café”.
“Fiquei muito honrada com a escolha do secretário Jorge Lima para liderar e coordenar os trabalhos da frente empresarial. Acabou a reunião e já montamos nosso grupo de trabalho e estamos muito focados nos desafios para o desenvolvimento da cafeicultura no Estado”, disse Flávia.
Frente empresarial
Na reunião, foi definida a criação de uma frente empresarial composta por representantes das regiões produtoras de Brotas, Caconde, Divinolândia, Espírito Santo do Pinhal, Franca, Garça, Santo Antônio do Jardim, São Sebastião da Grama, Serra Negra e Torrinha.
A frente ficará encarregada de apresentar ao secretário de Desenvolvimento um plano básico que servirá de ponto de partida para a elaboração do Plano Estadual de Desenvolvimento do Café no Estado de São Paulo – o Projeto Café São Paulo.
Uma nova reunião setorial deve ser agendada para março, quando deverão ser apresentados os primeiros levantamentos.
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Comentários
1 Comentários
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Kamila Gomes Dias 30/01/2024A Flávia é uma mulher cosmopolita que tem uma consciência um pouco à frente de seu tempo e do tempo daqueles da sociedade que ela vive. Ela deve ter pagado 6 euros em uma xícara de café do Starbucks na França e falou -peraê!!!....o café vem de Franca e quem trabalhou na lavoura não 6 euros por dia de trabalho duro, ou, o fazendeiro não ganha nem dez por cento do que ganha a Starbucks, e peraê, e tá errado isso mesmo. Então precisamos parar de exportamos como acontecia no inicio do século passado e agregamos qualidade e valor no nosso café. A Flávia é uma administradora, o que precisamos é unir forças e ideais contemporâneos de produção e comercialização pra todos e benefícios pra todos e abolirmos a tradição de concorrência canibal e interesseira dos mais fortes sobre os mais fracos. E o caminho é esse mesmo, tomara os egos pessoais e interesses particulares não conduzam esses trabalhos.