Durante a coletiva de prestação de contas dos três primeiros anos de seu governo, nesta quinta-feira, 28, o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) destacou a realização de 175 obras nesse período e outras 73 planejadas para o ano que vem.

Uma dúvida é a destinação que o Executivo pretende dar ao prédio do ‘Esqueleto’, que fica na avenida Adhemar Polo Filho, região central da cidade. Uma solução para o caso foi uma das promessas de Alexandre durante a campanha para prefeito. Questionado sobre a obra inacabada há décadas, o prefeito de Franca disse que o imóvel está fora da relação apresentada no balanço da sua gestão de três anos, mas que a questão está nas mãos do Estado.

Alexandre disse que a Prefeitura já fez sua parte realizando um levantamento e que o laudo apontou que o prédio pode ser concluído. Dessa forma, a Prefeitura espera repassar o imóvel a alguma empresa pelo sistema de dação, em troca de creches ou escolas. “Vamos oferecer o terreno, a empresa vai construir e a gente coloca a creche ou a escola para funcionar. Se a gente avaliar aquele prédio, por exemplo, em R$ 15 milhões, ao invés de ser pago à Prefeitura em dinheiro, a empresa vai construir uma creche ou uma escola e vai entregar para a Prefeitura. Essa é a saída”, disse.

Para resolver a questão do prédio abandonado, Alexandre espera uma resposta do Estado ainda para 2024, autorizando a mudança da destinação do imóvel, para que a prefeitura possa negociar com as empresas interessadas em transformar o prédio, por exemplo, em um centro empresarial, com vários escritórios.

O prefeito revelou que há duas empresas interessadas em ‘comprar’ o prédio e terminar a obra, mas o processo está nas mãos dos órgãos responsáveis do Estado. “Temos duas empresas que nos procuraram para saber como vai ser a regra do negócio. Não depende só da gente. Depende do governo estadual e da Secretaria de Patrimônios do Estado. Já fizemos nossa parte, agora depender dos outros é muito ruim”.

“O Estado precisa mudar a destinação que foi dada ao prédio. A destinação atual está escrita que precisa ser um equipamento de Saúde ou de Educação, mas no centro. As pessoas estão nos bairros, não existe as pessoas pegarem ônibus para vir ao Centro, precisamos construir creches lá na ponta, com as pessoas saírem de casa de mãos dadas com a criança, dar a volta no quarteirão e deixá-la na creche. Na minha opinião, foi feita de maneira equivocada. Então, é mudar na escritura a destinação do prédio”, explicou Alexandre Ferreira.

O ‘Esqueleto’ abandonado está em uma área nobre da cidade, em contraste com uma região que vem recebendo importantes investimentos.