UNÂNIME

Vereadores aprovam nova lei de gratuidades sobre transporte de ônibus em Franca

Por N. Fradique | Da redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Vereadores durante sessão extraordinária online, nesta terça-feira
Vereadores durante sessão extraordinária online, nesta terça-feira

Os vereadores aprovaram, durante sessão extraordinária online da Câmara Municipal de Franca, nesta terça-feira, 26, nova lei de gratuidades no transporte de ônibus da cidade. O serviço na cidade é realizado pela empresa São José.

A antiga lei, de iniciativa do Legislativo, é considerada frágil e poderia sofrer questionamentos na Justiça. Com isso, as pessoas que têm esse direito ou tarifas mais baratas poderiam perder o benefício, com a decisão do prefeito Alexandre Ferreira (MDB) em abrir nova licitação para o serviço. Dessa vez, o projeto de lei foi encaminhado pelo Executivo.

O vereador Gilson Pelizaro (PT) disse que não é contra as gratuidades, mas um novo contrato precisa ser amplamente debatido com a população. “Jamais vou votar contra a gratuidade, mas só espero que a gente tenha muitas discussões em audiências públicas, com a população, chamando o Conselho Municipal do Transporte para que a coisa seja amplamente transparente”.

Della Motta (Podemos) lembrou que a própria Prefeitura, através da Emdef (Empresa Municipal para o Desenvolvimento de Franca), é a responsável pela fiscalização do transporte público de Franca, mas isso não ocorre. “Eu acredito que há conversas entre muros, quando se fala em transporte coletivo. Eu não fico com um pé atrás, fico com os dois. Tem um órgão que fiscaliza o transporte público, mas que não apresenta resultado dessa fiscalização. A empresa (São José) pode ganhar de novo, mas o contrato tem que ser cumprido”.

Outros vereadores, como Pastor Palamoni (PSD), Marcelo Tidy (União), Ilton Ferreira (PL) e Zezinho Cabeleireiro (PP), destacaram a importância de se manter as gratuidades, mas que é necessária uma discussão sobre uma nova licitação com a população.

Segundo o projeto, serão mantidos os benefícios firmados em 2019, quando ocorreu a renovação do contrato entre Prefeitura e São José, mantendo as espécies e os percentuais de gratuidades existentes, sendo:

• estudantes, 50%;
• trabalhadores sindicalizados e empregados domésticos, 30%;
• aposentados por invalidez até dois salários-mínimos, 100%;
• transporte necessário ao tratamento de câncer, HIV, hemodiálise, autista, deficiência auditiva, visual e mental, 100%.

Decisão
O prefeito Alexandre Ferreira (MDB) decidiu romper o contrato com a empresa São José e abrir uma nova licitação para o transporte coletivo da cidade, na semana passada. A decisão foi tomada após o Tribunal de Contas do Estado encaminhar acórdão apontando irregularidades na forma como o então prefeito Gilson de Souza fez a renovação, em junho de 2019, por um período de 10 anos.

Alexandre Ferreira tem 60 dias para discutir com a população e lançar nova licitação. O primeiro passo foi encaminhar projeto de lei garantindo as gratuidades, proposta aprovada nesta terça-feira pela Câmara de Vereadores.

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Comentários

6 Comentários

  • Alex 28/12/2023
    Além das gratuidades será que ele está lembrando que ele também vai pagar o tapete de 114mil que a Esbanja comprou? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
  • Deide Costa 27/12/2023
    Finalmente um comentário sensato do nosso caro amigo BIJUX, tenho que concordar com você meu amigo reptiliano.
  • Oficina Simas Turbo 27/12/2023
    Primeira vez que eu concordei com o Sr. Joias das Arabias (Não estou sendo irônico).
  • Sidney Elias 27/12/2023
    Mais uma Lei inconstitucional foi aprovada na Câmara Municipal, não há impacto financeiro, nem diz de onde sairão os recursos para suportar as gratuidades, ou seja uma lei genérica que penaliza os usuários que não possuem o beneficio tornando a tarifa mais cara para todos.
  • JOIAS DAS ARÁBIAS 27/12/2023
    Transportes possuem custos e, quem irá arcar com os mesmos? Além disso, essa tal gratuidade não existe e nunca existiu. Ocorre que as perdas decorrentes dos descontos e isenção para determonados segmentos sempre foram absorvidas no valor da tarifa comum cobrada sobre os demais usuários. Ou seja, assim como quem paga o aposentado não é o governo, mas quem está na ativa, como também tudo que é público é bem pago e não é gratuito, nos transportes coletivos e públicos é o cidadão comum quem paga os benefícios tarifários concedidos a determinados segmentos.
  • Adriane Davanco 26/12/2023
    A população está cansada de sofrer com essa empresa, só esperamos que contatem uma empresa bem melhor pra servir a população pôr que se ficar como está não adianta mudar!