O projeto "Vanessa Maranha conversa com autores contemporâneos sobre criação literária" foi concluído com uma entrevista online com professora, jornalista, escritora e membro da Academia Francana de Letras Sonia Machiavelli. Contemplada pelo Bolsa Cultura da Feac (Fundação Esporte, Arte e Cultura), a iniciativa trouxe análises intensas sobre a criação literária, concluindo com maestria, no último dia 25 de novembro, uma série de conversas que prendeu a atenção de leitores e escritores ao longo de quatro meses.

Durante a última live, Vanessa Maranha e Sonia Machiavelli compartilharam suas percepções sobre o processo criativo, proporcionando uma imersão profunda no universo da literatura. A conversa, marcada pela espontaneidade e pela expertise literária de ambas, ofereceu aos espectadores uma compreensão clara do processo criativo de escritoras experientes.

Alguns momentos marcantes permearam a entrevista, como Sonia Machiavelli compartilhando sua visão sobre o objetivo da literatura. “O grande objetivo da literatura é fazer sonhar. Cada vez que lemos, nós nos modificamos como leitores. Os livros nos alimentam enquanto leitores, e enquanto escritores também”, disse.

O tema central da live, o processo criativo, foi explorado com sensibilidade. "A frase que me fecunda (como escritora) é ‘eu preciso escrever sobre isso’. Às vezes uma história que me contam é uma semente; às vezes uma paisagem, uma cor, uma palavra.”

Sonia compartilhou parte de seus conhecimentos adquiridos por meio da literatura. “A literatura me conferiu uma certa sabedoria para analisar as pessoas e para entender que eu tenho que respeitar outros jeitos de viver. Isso foi (conquistado) pela literatura”, disse.

A escritora também ofereceu dicas preciosas para quem deseja se aventurar no universo da escrita, enfatizando a importância de ler muito, buscar ajuda quando necessário e ter paciência no processo de criação. “Não fique afoito em publicar. Espere, leia outra vez, edite, tenha cuidado na organicidade. O livro, enquanto objeto físico, é importante de ser pensado. E não desanime. Quando se gosta de escrever, é preciso ir em frente.”