JUSTIÇA

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Escrivão de polícia é condenado a 8 anos de prisão por estupro dentro de delegacia

Escrivão de polícia é condenado a 8 anos de prisão por estupro dentro de delegacia

Além da condenação em regime fechado pelo crime cometido em Franca, Thiago Borges Miguel terá de pagar a quantia de R$ 30 mil à vitima, por conta dos danos psicológicos.

Além da condenação em regime fechado pelo crime cometido em Franca, Thiago Borges Miguel terá de pagar a quantia de R$ 30 mil à vitima, por conta dos danos psicológicos.

29/09/2023 | Tempo de leitura: 3 min
da Redação

da Redação

29/09/2023 - Tempo de leitura: 3 min

GCN | Reprodução

Thiago Borges Miguel foi condenado por estuprar mulher dentro da Central de Polícia Judiciária de Franca

Thiago Borges Miguel, escrivão da Polícia Civil, foi condenado a oito anos de prisão por estuprar uma mulher dentro da sede da CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Franca, em 23 de agosto de 2022.

Além da condenação em regime fechado, em virtude da gravidade do crime hediondo de estupro, Thiago foi condenado a pagar a quantia de R$ 30 mil à vítima, por conta dos danos psicológicos sofridos. A Justiça entendeu que a mulher teve de se mudar de casa, com medo de represálias, e está com dificuldades de retomar a vida com normalidade.

“A conduta do acusado causou impactos estrondosos em sua vida, atentando contra sua liberdade sexual, intimidade, dignidade, integridade física e condição psíquica”, afirmou o juiz Orlando Brossi Junior, em trecho da sentença.

O magistrado determinou que Thiago não poderá recorrer da condenação em liberdade. Nos autos, foi apontado que o acusado “mostrou-se portador de personalidade extremamente fria e manipuladora, com demonstração de desprezo ao cargo público de prestígio que ocupava, assim como aos cidadãos que veem na Polícia Civil uma instituição de respeito e confiabilidade, características que evidenciam sua periculosidade”, disse trecho.

Esse é apenas um de ao menos três processos a que Thiago responde por crimes de abuso sexual que teria acontecido com outras vítimas que foram até a delegacia para dar esclarecimentos e passaram por atendimento com ele.

O agente de segurança trabalhou como escrivão de polícia por 12 anos. Atualmente, está preso pelo crime em um presídio para policiais civis de São Paulo. Thiago também perdeu o cargo público que tinha por conta da condenação.

A defesa do escrivão foi procurada para comentar a condenação, mas atendeu as ligações.

A denúncia
De acordo com a advogada de uma das vítimas, Katia Teixeira Viegas, o caso começou quando sua cliente, uma vendedora, registrou um boletim de ocorrência por perder os documentos.

“Ela não sabia para que era a intimação. No dia agendado, ela compareceu à CPJ. Lá ela, foi informada por um escrivão que algumas compras em seu nome foram feitas e que eles estavam analisando os fatos", disse a advogada, à época, ao portal GCN/Sampi.

Segundo depoimento, o escrivão pediu o celular da vendedora, começou a olhar suas fotos e a questionou se namorava ou era casada.

O policial supostamente se levantou, trancou a porta da sala e pegou a jovem pelo braço, a levando até as cortinas. Depois, a sentou na cadeira e abaixou as calças.

“Ele colocou sua arma de fogo em cima de uma mesa dizendo que a jovem precisava ficar quietinha, pois ele era casado (mexendo na aliança). Ela sentiu-se extremamente ameaçada, percebendo que ele faria algo de mal com a declarante. No momento em que ele tirou a calça, a declarante percebeu que ele havia ejaculado e, na sequência, forçou a cabeça da jovem, a obrigando a praticar sexo oral”, diz trecho do Boletim de Ocorrência.

O agora ex-policial ainda teria beijado a mulher, a colocado em uma posição sexual e introduzido seu dedo nas partes íntimas.

No depoimento, também consta que o policial se limpou com álcool e disse para a mulher fazer o mesmo. A vítima pediu um carro por aplicativo e foi embora.

Além deste caso, pelo menos, outras duas acusações de estupro contra Thiago Borges Miguel estão sendo investigadas.

Thiago Borges Miguel, escrivão da Polícia Civil, foi condenado a oito anos de prisão por estuprar uma mulher dentro da sede da CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Franca, em 23 de agosto de 2022.

Além da condenação em regime fechado, em virtude da gravidade do crime hediondo de estupro, Thiago foi condenado a pagar a quantia de R$ 30 mil à vítima, por conta dos danos psicológicos sofridos. A Justiça entendeu que a mulher teve de se mudar de casa, com medo de represálias, e está com dificuldades de retomar a vida com normalidade.

“A conduta do acusado causou impactos estrondosos em sua vida, atentando contra sua liberdade sexual, intimidade, dignidade, integridade física e condição psíquica”, afirmou o juiz Orlando Brossi Junior, em trecho da sentença.

O magistrado determinou que Thiago não poderá recorrer da condenação em liberdade. Nos autos, foi apontado que o acusado “mostrou-se portador de personalidade extremamente fria e manipuladora, com demonstração de desprezo ao cargo público de prestígio que ocupava, assim como aos cidadãos que veem na Polícia Civil uma instituição de respeito e confiabilidade, características que evidenciam sua periculosidade”, disse trecho.

Esse é apenas um de ao menos três processos a que Thiago responde por crimes de abuso sexual que teria acontecido com outras vítimas que foram até a delegacia para dar esclarecimentos e passaram por atendimento com ele.

O agente de segurança trabalhou como escrivão de polícia por 12 anos. Atualmente, está preso pelo crime em um presídio para policiais civis de São Paulo. Thiago também perdeu o cargo público que tinha por conta da condenação.

A defesa do escrivão foi procurada para comentar a condenação, mas atendeu as ligações.

A denúncia
De acordo com a advogada de uma das vítimas, Katia Teixeira Viegas, o caso começou quando sua cliente, uma vendedora, registrou um boletim de ocorrência por perder os documentos.

“Ela não sabia para que era a intimação. No dia agendado, ela compareceu à CPJ. Lá ela, foi informada por um escrivão que algumas compras em seu nome foram feitas e que eles estavam analisando os fatos", disse a advogada, à época, ao portal GCN/Sampi.

Segundo depoimento, o escrivão pediu o celular da vendedora, começou a olhar suas fotos e a questionou se namorava ou era casada.

O policial supostamente se levantou, trancou a porta da sala e pegou a jovem pelo braço, a levando até as cortinas. Depois, a sentou na cadeira e abaixou as calças.

“Ele colocou sua arma de fogo em cima de uma mesa dizendo que a jovem precisava ficar quietinha, pois ele era casado (mexendo na aliança). Ela sentiu-se extremamente ameaçada, percebendo que ele faria algo de mal com a declarante. No momento em que ele tirou a calça, a declarante percebeu que ele havia ejaculado e, na sequência, forçou a cabeça da jovem, a obrigando a praticar sexo oral”, diz trecho do Boletim de Ocorrência.

O agora ex-policial ainda teria beijado a mulher, a colocado em uma posição sexual e introduzido seu dedo nas partes íntimas.

No depoimento, também consta que o policial se limpou com álcool e disse para a mulher fazer o mesmo. A vítima pediu um carro por aplicativo e foi embora.

Além deste caso, pelo menos, outras duas acusações de estupro contra Thiago Borges Miguel estão sendo investigadas.

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7 COMENTÁRIOS

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  • Martha
    29/09/2023
    Só oito anos de prisão pra esse monstro, tinha que ter prisão perpétua nesse país. Logo estará solto e vivendo a vida tranquilamente.
  • Silas
    29/09/2023
    Bixo homen idiota...vai ser burro lá nos inferno...um emprego invejável mas uma cabeça de minhoca....estragar a própria vida ....deve ser um deplorável e inescrupuloso
  • Guilherme
    29/09/2023
    Um abusador dentro da PC, armado, investido de poder de polícia e fazendo isso dentro de uma Delpol??, intaum tô doido......
  • Maria
    29/09/2023
    Só oito anos..??? .... que pena leve , aí reflete a total falta de respeito às pessoas estupradas que sofrem sequelas por toda a vida......
  • JOÃO PAULO
    29/09/2023
    ESSA CPJ DE FRANCA TINHA ERA QUE FECHAR, TEM OS QUE TRABALHAM HONESTAMENTE MAIS A MAIORIA E LARANJA PODRE , UNS SEMPRE DANDO UMA MÃOZINHA PRA TA PROTEGENDO ,ESCONDENDO SUJEIRA DEBAIXO DE TAPETE. PRINCIPALMENTE SE TIVER GRAU PARENTESCO E TRABALHA LA DENTRO TE PREJUDICA DO JEITO QUE QUEREM E A HORA QUE QUEREM. TEM QUE FAZER UM LIMPA LA PARA VER SE COMEÇA A TERMOS UMA CPJ DIGNA QUE ATENDE O CIDADÃO DE BEM , POIS NÃO PASSAM SEGURANÇA NENHUMA PARA QUEM PRECISA DELES.
  • astolfo
    29/09/2023
    vai virar mulherzinha na cadeia
  • Dirceu
    29/09/2023
    Se o cara vai para um \"presídio para policia civil\", já começou fácil pra ele... Com certeza esse presídio é bem mais confortável que os de presos comuns. Se ficar preso uns 3 anos vai ser muito.