Nomeado na semana passada para o cargo de desembargador do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), o juiz francano Rubens Alexandre Elias Calixto atendeu a reportagem do GCN/Sampi na tarde desta quinta-feira, 14, e falou sobre sua nova missão na magistratura. A posse administrativa acontece no dia 20, e a sessão solene ainda não tem data confirmada.

Para ele, chegar ao novo cargo é a realização de uma meta profissional, depois de 30 anos atuando na primeira instância da Justiça Federal. “Recebi com muita alegria esta nomeação, Posso dizer que atingi um dos objetivos profissionais que tinha, e espero dar sequência na minha carreira com um bom trabalho”, disse.

Calixto possui 33 anos de magistratura. Ingressou na carreira em 1990 no TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), onde trabalhou nas comarcas de Pedregulho e Cachoeira Paulista, e em 1993 foi admitido por concurso no TRF-3 como juiz de primeira instância.

Acostumado às sentenças e despachos individuais, Rubens Calixto agora fará parte de uma turma de desembargadores no Tribunal, e reconhece as novas responsabilidades. “O trabalho da segunda instância tem uma dinâmica diferente, pois os julgamentos são de forma colegiada, em uma turma de desembargadores. É preciso em cada sessão um trabalho de convencimento dos colegas para que se dê um sentido à votação. Ao mesmo tempo que enriquece o trabalho também o torna mais complexo”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de subir mais degraus na escala da magistratura e chegar às altas cortes do país (Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal), Calixto entende que é algo possível, porém menos acessível. “Qualquer magistrado gostaria de chegar ao STJ e ao STF, porém não são cargos de carreira, depende de escolha política, e por isso é mais difícil. Mas ficaria muito honrado caso acontecesse”.

“Eu acho que a missão das altas cortes do Brasil hoje, principalmente do Supremo, é muito difícil, porque estamos passando por uma era de muito questionamento das autoridades, de ajuste de valores, de circunstâncias econômicas, e o STF acaba sendo o foro onde essas questões terão que ser resolvidas em um sentido ou outro. E essa missão não é fácil, pois não é possível agradar a todos”, afirmou.