“Vou deixar tudo na quadra, seja na defesa, seja no ataque, porque essa torcida não merece nada menos que isso. Alguém que se entregue de corpo e alma num jogo para sair com a vitória e fazer essa cidade feliz, vibrando com títulos e, dessa vez, com títulos inéditos também”.
O discurso é de recém chegado, mas está de longe de ser inexperiente. Com 27 anos, 1.99 metro e 105 quilos, o pivô Wesley de Castro Ferreira desembarcou em Franca para a disputa da temporada 2023/2024.
O atleta tem a missão de substituir o antigo “dono” da posição 5. Ídolo e MVP da BCLA (Basketball Champions League Americas), o pivô Lucas Mariano teve o contrato encerrado no dia 30 de junho.
Com passagens pelo Corinthians, Minas, Mogi das Cruzes e Pinheiros, Wesley disputou 36 partidas na última edição do NBB (Novo Basquete Brasil) com a camisa belo-horizontina. O pivô teve média de 25 minutos em quadra por jogo, 12.1 pontos, 5.8 rebotes, 1.4 assistência e 13.3 de eficiência.
A estreia de Wesley aconteceu neste sábado, 5, contra o Osasco, pelo Campeonato Paulista, em que o Sesi Franca venceu o adversário fora de casa. Já no Pedrocão, a primeira partida deve ser contra o Corinthians no Dia dos Pais, em 13 de agosto.
Além do estadual, o pivô ao lado dos demais atletas têm a BCLA, o NBB e, caso se classifique, a Copa Super 8. Mas, a principal competição da temporada para o time francano é a Copa Intercontinental, ou “Mundial de Clubes”, que acontece entre os dias 21 e 24 de setembro, em Singapura.
“Chegar até o Mundial é uma caminhada muito difícil, a gente sabe dessa dificuldade e pretendemos não deixá-la passar. É um título inédito para a cidade. A expectativa é excelente. Todos estão trabalhando muito para chegar ao mundial fisicamente e psicologicamente muito bem”.
Diante de todos esses artifícios, Wesley Castro chega em um momento singular na história do Sesi Franca. Expectativas, primeiras impressões e qualidades, o pivô disse tudo ao Portal GCN/Rede Sampi.
Veja a entrevista completa com Wesley Castro:
GCN: Como o amor pelo basquete começou? A família sempre te incentivou na prática de esportes?
Wesley: Minha família sempre gostou de esporte. A gente praticava quando era pequeno o futebol. Fui ficando adolescente, me despertou um interesse pelo basquete e logo nos primeiros dias já senti que era aquilo que eu queria fazer. Abandonei o futebol totalmente e comecei a me dedicar para o basquete. Tive oportunidade de jogar os campeonatos de base em São Paulo, e aí o amor só aumentou.
GCN: Quais clubes você já defendeu, e o que leva de aprendizado nestas passagens?
Wesley: Eu comecei a jogar no Mackenzie Sport Club, em Belo Horizonte, aí logo eu saí. Vim para São Paulo, onde fiz o resto da minha base no Pinheiros. Joguei no Sport. Depois, fui para o Metodista, em São Bernardo (SP). Fui para o Sport Club Recife. Fui para o Minas. Depois joguei no Corinthians, Mogi das Cruzes, novamente Minas e, agora, Franca.
GCN: Como você analisa sua última temporada pelo Minas? Quais os seus principais atributos?
Wesley: Foi uma temporada muito boa e de muito aprendizado. Os meus principais atributos são o físico, correr bem a quadra, puxar esse contra-ataque, jogando bem também de picking holes e picking pop. Sendo um jogador bem versátil, disponível para o técnico e fazendo mais de uma posição.
GCN: Como foi quando você descobriu que o Franca Basquete estava interessado na sua contratação? Você chegou a conversar com alguém sobre o clube?
Wesley: Fiquei extremamente feliz, porque é um time multicampeão. Vai disputar os melhores campeonatos disponíveis para um time brasileiro. É uma honra e uma felicidade enorme ter um time desses com interesse em você, sabendo da comissão e sabendo dos jogadores que já estavam aqui. Fiquei muito feliz mesmo, e não tinha conversado com ninguém. Assim que teve o interesse, mandei mensagem para os amigos que já estavam aqui. Já tenho um contato muito bom com a maioria. Eles ficaram felizes com o interesse do clube e me receberam muito bem.
GCN: Quais suas primeiras impressões sobre Franca? A família também já se mudou para a cidade?
Wesley: É uma cidade muito tranquila. Acho que é minha cara. Gosto muito de cidades tranquilas. Não tem muito trânsito e consigo fazer tudo um pouco mais próximo. Por enquanto estou aqui sozinho. Minha família ficou no Rio de Janeiro e em Belo horizonte. A cidade é ótima.
GCN: Franca tem uma torcida fanática, que você já jogou contra em outras oportunidades. Como está a expectativa para jogar no Pedrocão diante do torcedor francano?
Wesley: Estou ansioso para sentir essa energia do lado positivo. É uma torcida que apoia mesmo, que enche os ginásios e vai ser ótimo. Estou bem ansioso. Estou bem feliz. Não vejo a hora de chegar o dia 13, Dia dos Pais, para estrear em casa, no Pedrocão.
GCN: Você vem para uma vaga que era do Lucas Mariano, um ídolo do torcedor e MVP de temporadas passadas. Como você encara essa oportunidade?
Wesley: É uma oportunidade única jogar grandes campeonatos, tendo protagonismo em time que vem para ser campeão. Acho que estou preparado, venho buscando essa oportunidade há tempos, chegou ao momento certo e com as pessoas certas. Tem tudo para ser uma ótima temporada também.
GCN: Todos os jogadores sonham em disputar o Mundial, e você terá essa chance pelo Franca Basquete. Qual a expectativa? É uma competição diferente ou é como as outras?
Wesley: É uma competição extremamente importante. Você só consegue uma vaga nela ganhando outro campeonato extremamente difícil, e para chegar nesse campeonato extremamente difícil (BCLA) que dá vaga para o Mundial, você tem que participar do NBB com êxito. Então, chegar até o Mundial é uma caminhada muito difícil, a gente sabe dessa dificuldade e pretendemos não deixá-la passar. É um título inédito para a cidade. A expectativa é excelente. Todos estão trabalhando muito para chegar ao mundial fisicamente e psicologicamente muito bem.
GCN: Um recado que você deixa ao torcedor.
Wesley: Primeiro, agradecer a recepção e todo o carinho que tiveram comigo até agora. Dizer que estou muito feliz por estar aqui e muito confiante. Sei da responsabilidade que é, e pode deixar que darei meu sangue. Vou deixar tudo na quadra, seja na defesa, seja no ataque, porque essa torcida não merece nada menos que isso. Alguém que se entregue de corpo e alma num jogo para sair com a vitória e fazer essa cidade feliz, vibrando com títulos e dessa vez com títulos inéditos também.
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