RELIGIÃO

Semear com Fé

Escutando a Palavra de Deus, nossas decisões serão iluminadas e teremos oportunidade de enxergar a vida de uma forma diferente. Leia o artigo do monsenhor José Geraldo Segantin.

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | 09/07/2023 | Tempo de leitura: 3 min
Especial para o GCN

As vezes temos vontade de desanimar na luta de cada dia. Escutando a Palavra de Deus nossas decisões serão iluminadas e teremos oportunidade de enxergar a vida de uma forma diferente.

Busquemos os ensinamentos de Deus.

Primeira Leitura: Isaias 55.
A Palavra de Deus é confiável? Eis a pergunta que nos é respondida pela primeira leitura.

De há muitos anos os israelitas são escravos na Babilônia e se perguntam se algum dia será possível rever a própria terra.

Entre essas pessoas cansadas e desiludidas surge um profeta: fala em nome de Deus e anuncia que a libertação está próxima. O povo se deixa enlevar pela sua mensagem, acredita nas suas promessas, se prepara e aguarda a hora na qual a palavra de Deus se cumprirá. Mas nada acontece. Os anos passam e a demora provoca em todos um grande desânimo.

Por que, pergunta-se, a palavra de Deus não se realiza?
O profeta responde com uma analogia. A palavra de Deus, diz,é como a chuva e como a neve: caem do céu e não voltam sem antes ter produzido o efeito para o qual foram enviadas. A água fecunda a terra, faz germinar o trigo e a erva e faz crescer todas as espécies de plantas. Também a palavra de Deus realiza infalivelmente aquilo que promete. Não há empecilhos, não há obstáculos capazes de impedir a sua realização.

Após esta explicação do profeta, o povo continua aguardando, sempre confiante. Passam alguns anos, e eis que, como fora predito, o primeiro grupo de israelitas pode deixar a Babilônia.

Segunda leitura: Romanos 8.
É muito bonito o trecho da Carta aos Romanos que nos é proposto hoje: de um lado descreve a triste situação do mundo e do outro oferece o motivo pelo qual devemos manter a serenidade e a esperança.

O que constatamos ao nosso redor?
Sofrimentos, lágrimas, ódios, violências. Não ouvimos de todos os lados gritos de dor e desespero? Por que acontece isso? Para onde está caminhando o mundo?

Esta interpretação do grito da criação, nos diz Paulo na carta de hoje não é cristã, porque destituída de esperança e, para ser mais claro, traz o exemplo da mulher que está para dar à luz um filho.

Com esta analogia Paulo convoca os cristãos para a esperança. É verdade que no mundo ainda existe muito sofrimento. Os cristãos devem estar atentos a estes gritos, não podem permanecer indiferentes diante dos gemidos da criação. Entretanto não perdem a esperança e têm certeza de que, não obstante as aparências em contrário, logo surgirá a nova criação.

Evangelho: Mateus 13.
Durante três domingos consecutivos nos será proposto um trecho do capítulo 13 do Evangelho de Mateus. Nele estão reunidas as sete parábolas do Reino. Hoje lemos a primeira: a do semeador.

A interpretação da parábola apresenta as dificuldades que a palavra de Deus encontrava nas comunidades cristãs primitivas e que encontra também nas dos nossos dias.

Em primeiro lugar há o coração duro, como a terra pisada de uma estrada: não permite à semente da palavra de Deus penetrar.

Vem, em seguida, o coração inconstante, que se entusiasma com facilidade, mas depois de poucos dias volta a ser o que o que era. É como uma pedra coberta com uma leve camada de terra.

Há também o coração inquieto que se agita por causa dos problemas deste mundo, que corre atrás do dinheiro. Estas preocupações são como espinheiros que sufocam a semente da Palavra.

Por fim há o coração bom no qual o Evangelho produz frutos em abundância.

Em cada um de nós há espinhos, pedras, trilhos e terra de boa qualidade. Trata-se de tomar consciência e de melhorar o terreno (que é o nosso coração) para que a palavra de Deus possa produzir frutos.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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