Desaparecido há duas semanas, José Donizete de Souza Chagas, de 57 anos, reencontrou seus familiares nesta terça-feira, 16, após passar pelo menos quatro dias em uma mata entre os bairros Jardim Bonsucesso e Residencial Copacabana, na Zona Oeste de Franca.

O homem estava desaparecido desde o dia 1º, segundo familiares. Ele havia saído de casa, na Vila São Sebastião, em direção ao Caps (Centro de Atenção Psicossocial) onde realiza tratamento psicológico contra o alcoolismo, e não foi mais visto. A família havia registrado seu desaparecimento em boletim de ocorrência nesta segunda-feira, 15.

A primeira pessoa a ver José Donizete na mata ao lado do condomínio Copacabana foi um rapaz de 31 anos. O desempregado Luan Gustavo Oliveira disse à reportagem que tem o costume de frequentar o local para fazer suas orações, e viu José Donizete deitado em uma cova existente no terreno coberta por moitas de bambu, que a vizinhança chama de “caverninha”.

“Achei que ele estivesse morto. Falei com ele e mexeu apenas o pé. Mas no dia seguinte ele me chamou com a voz fraca e pediu água. Levei comida também, mas ele comeu pouco. Ontem (segunda-feira) fui até lá, e como estava frio levei um cobertor para ele e chamei um colega para colocá-lo no sol para aquecer”, disse o rapaz.

Luan, que conhecia o homem através de parentes, entende que poderia ter feito contato com a família antes. “No primeiro dia ele estava deitado de bruços eu não vi o rosto dele. No dia seguinte eu reconheci, sabia quem era ele. Podia ter chamado a família já no primeiro dia, eu não sabia que ele estava desaparecido. Acabei ajudando de outro jeito”, afirmou.

Nesta terça-feira, ao tomar conhecimento da história, uma porteira do condomínio Copacabana acionou o Samu para resgatar José Donizete. Ele foi socorrido à UPA (Unidade de Pronto-atendimento) do Jardim Anita, onde passou o dia em observação médica e recebendo hidratação com soro.