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INCERTEZA
Sindicato empresarial diz que é 'preocupante' futuro do setor calçadista em Franca
'Com o aumento dos custos fixos, como combustíveis e energia, os investimentos privados tendem a ser mais cautelosos', diz o presidente do Sindifranca, José Carlos Brigagão.
Por Pedro Baccelli | 17/03/2023 | Tempo de leitura: 1 min
da Redação
Sampi/Franca
Arquivo/GCN
A indústria calçadista de Franca acompanha com preocupação a retomada das contratações no setor. Apesar do saldo positivo de janeiro, o baixo consumo do público, além do aumento dos custos fixos, como energia e combustível, pode frear a recuperação das fábricas.
O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgou na última quinta-feira, 9, que a indústria francana registrou 1.971 admissões e 977 desligamentos, totalizando saldo positivo de 994 postos de trabalho preenchidos no mês de janeiro deste ano.
Apenas o setor calçadista foi responsável por 887 vagas positivas do município, segundo dados do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca). O número é 4,17% menor que em relação ao mês de janeiro de 2022.
Apesar do resultado positivo, o presidente do sindicato, José Carlos Brigagão, diz que é cedo para falar de recuperação no setor. Em dezembro de 2022, a indústria calçadista registrou saldo negativo de 3.055 postos de trabalho.
“O cenário econômico que se desenha é preocupante, principalmente quando se fala em aumento de carga tributária, com falta de programas voltados para incentivar a produção nacional. Com o aumento dos custos fixos, como combustíveis e energia, os investimentos privados tendem a ser mais cautelosos”.
Brigagão explica que o futuro do setor passa pelas reformas que serão propostas pelo Governo do Estado de São Paulo e Governo Federal. “A redução da carga tributária ganhou espaço no debate, isso pode ser um ‘alívio’ para a indústria repensar seu negócio e voltar a investir, a aumentar produção”.
Além das reformas governamentais, outros fatores podem afetar o futuro da indústria em Franca. “Ainda teremos fatores importantes a ditar o futuro, como o aumento das importações de calçados da Ásia, insegurança jurídica, elevação de custos industriais, escassez de mão de obra qualificada e desaceleração do consumo”, finaliza.
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