Relacionar-se com Deus e desfrutar de sua presença é plenamente possível, na medida que desfrutamos de uma experiência sobrenatural com Deus. O Criador do universo e grande construtor do ser humano, sustenta todas as coisas com a força das suas mãos.
Quem tenta compreender Deus acaba descobrindo que ele é infinitamente superior à capacidade de nosso entendimento. Ele é possuidor de atributos que teologicamente chamamos de atributos incomunicáveis.
Mas, o que são atributos incomunicáveis? Trata-se do poder que é exclusivo de Deus, ou seja, só Ele possui. De forma simples, podemos citar alguns destes atributos, que são onipresença, onisciência e onipotência, além de outros atributos que poderiam ser relacionados aqui.
Todavia, mesmo sendo tão poderoso assim, este Deus deseja se relacionar conosco. Compreender isto, a meu ver, é simplesmente extraordinário. Faz 35 anos que tive um encontro verdadeiro com Deus e, a partir deste encontro, passei a desfrutar deste grande privilégio. Quantos momentos gloriosos tenho passado na presença do meu amado Salvador!
Quanto mais oramos, mais percebemos que não podemos dominar técnicas, pois não se aprende a orar com métodos ou modelos. Quanto mais oramos, percebemos que o princípio que envolve a oração não é o dominar, mas o ser dominado. Não é estar no controle, mas ser controlado. O livro dos Salmos, um livro de orações, apresenta-nos a oração como expressão viva de um relacionamento entre aquele que crê e Deus, a fonte de todo bem, a causa e o alvo das nossas orações.
A bem da verdade, precisamos reconhecer que muitas pessoas têm tentado ser relacionar com Deus, mas de uma forma tão fria e distante que chegamos a colocar em dúvida se elas têm, de fato, convicção do que é oração.
A pobreza da oração em nosso tempo é que a reduzimos aos pedidos e às reivindicações, bem como a um mero ritual de palavras, resultado de um relacionamento raso e superficial com Deus. Na maioria das vezes, Deus é tão somente um provedor de benesses, e em outras circunstâncias, Deus é um mero conceito, ou no máximo um poder que se crê existir, mas com o qual não se mantém nenhuma relação pessoal.
Sinceramente, caro leitor, a primeira e mais importante dádiva que devemos esperar na oração é que Deus se dê a si mesmo, em comunhão conosco. Acontecendo isto, todas as outras coisas serão ao seu tempo supridas. Se orar para nós é algo custoso e sacrificial, temos um claro sinal de que nossa relação com Deus não é profunda e interessante.
Quando amamos alguém de coração e estamos comprometidos um com o outro, a relação é prazerosa e estar juntos é sempre muito bom. Justamente por isto, não adianta dizermos que não temos tempo para falarmos com Deus se passamos horas por dia, no Twitter, no Facebook, Instagram, no YouTube, na televisão, no futebol, ou em qualquer outra plataforma digital deste tempo.
A verdade é que todo cristão que não ora o faz por não compreender seu valor, ou porque Deus não é prioridade em sua vida. Isto dói, mas é a pura verdade. Invistamos, pois, em uma profunda relação com Deus.
Deus vos abençoe.
Isaac Ribeiro é pastor evangélico e presidente da Assembleia de Deus (Missão) em Franca.
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