NOSSAS LETRAS

Os tons do verde

Na impossibilidade de tecer comentário sobre cada um dos escritos, pincei alguns tons do verde para aguçar a vontade do leitor de contemplá-los. Leia a crônica de Zelita Verzola.

Por Zelita Verzola | 08/10/2022 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para o GCN

Certa vez voltando de Ribeirão Preto, minha sobrinha, então com três anos, olha a paisagem que o carro vai atravessando e diz:

- Nossa! Quantos verdes! Na minha caixa de lápis-de-cor não tem tudo isso de verde não!

Risos. E o clima que era tenso por causa do estado de saúde de meu pai, dissolveu-se. Criança e verde são curativos.

Esse episódio me veio à lembrança ao ler "Contando quanto uma árvore conta", coletânea organizada pela Academia Francana de Letras e pelo Comitê Verdejar.

São texto variados, todos trazendo a mesma dádiva: a contemplação do verde. Maria Conceição Alves de Lima, uma das avaliadoras dos textos, pontua "...conto, crônica, ensaio... Que importa? O que importa mesmo é verdejar".

Na impossibilidade de tecer comentário sobre cada um dos escritos, pincei alguns tons do verde para aguçar a vontade do leitor de contemplar todos eles.

"Árvore é Vida. Livro é Luz." Regina Helena Bastianini (revisora).

"A terra brota a todo momento, a cooperação e a simbiose geram maior evolução que as guerras, por isso é obrigação humana negociar melhor, com todas as espécies, o direito de existir." Adriana Mendonça Ribeiro de Souza

"Foi, é e sempre será essencial o ensinamento das árvores de dar abrigo, flores, frutos e sementes apenas porque sim, naturalmente." José Lourenço Alves (organizador).

"Sigo pela vida escutando plantas e flores, preparando a Terra e semeando cores." Maria Zenaura de Souza Fortes

"Alguns dirão que sou uma sonhadora, mas como todos sabem, a utopia serve para nos fazer caminhar. Caso contrário eu poderia me intoxicar de gás carbônico e de realidade." Elaise Maria de Mello Barbosa (organizadora).

"As tais jabuticabeiras emanavam beleza como poesia curandeira. Alegria em forma de árvore." Célia Conceição Fontes Parzewski

"Ela subia até as pontinhas dos galhinhos mais delicados que suportavam aquela menina magrelinha. (...) Qual frutinha ela colhia? Maria Lídia Borges Machado

"Os indígenas são humanos que sempre cuidaram com carinho da Mãe Terra." Mateus Domingos Mendes Silva

"Na língua empobrecida dos ingratos, a morte desta velha sibipiruna é necessária porque ela atrapalha." Antonio Baltazar Gonçalves

Todos os outros escritores que tiveram seus textos publicados nesta coletânea têm seu tom específico de verde e certamente o leitor vai descobrir cada um, como uma gota de orvalho escorregando por uma folha aos primeiros raios do sol.

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2 COMENTÁRIOS

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  • Célia Parzewski
    08/10/2022
    Obrigada Zelita por incentivar e divulgar as expressões literárias! Você sempre faz a diferença!
  • Geisa Alair Silva
    08/10/2022
    Parabéns Zelita…ótimo comentário sobre o livro”contando quanto uma Árvore conta “.