Maria Lúcia dos Santos Oliveira, de 67 anos, morreu na manhã desta segunda-feira, 29, após uma cirurgia para retirada de pedra na vesícula na Santa Casa de Franca.
A cirurgia aconteceu na última sexta-feira, 26, e a previsão de alta era para o mesmo dia - por ser um procedimento considerado simples. Algo que não aconteceu.
A filha de Maria Lúcia diz que a família escutou gritos da mulher dentro do centro cirúrgico. "Minha mãe gritava demais, ela se estrebuchava", disse a filha Maria das Dores Santos, de 36 anos.
A equipe médica, segundo a filha, aplicou morfina e a transferiu para um quarto. "Minha mãe veio em grito desse centro cirúrgico, e desse jeito ela continuou sexta-feira à noite e sábado (27)".
Segundo Maria das Dores, suas irmãs viram o estado da mãe e, por mais de uma vez, pediram ajuda aos médicos. "Eles não faziam nada, falavam simplesmente que eram gases, eles ignoravam".
A filha conta que, no sábado de manhã, os médicos constataram algo de errado no quadro de Maria Lúcia. "Fizeram um exame de imagem e depois abriram sua barriga". Segundo a filha, o líquido da bile derramou no estômago e causou uma infecção generalizada.
"A gente acredita que na hora dessa cirurgia de retirada das pedras, eles tenham furado e já vazou o líquido para a barriga dela, que em um dia e meio já causou essa infecção generalizada".
A bile é um líquido produzido pelo fígado que contribui na digestão de alimentos e absorção dos nutrientes pelo organismo.
Maria Lúcia dos Santos Oliveira não resistiu à infecção generalizada e morreu na manhã dessa segunda-feira, em Franca. A família registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil para apuração da morte.
O corpo está sendo velado no Velório Municipal do Parque Vicente Leporace e o sepultamento está previsto para as 16 horas desta terça-feira, 30, no Cemitério Santo Agostinho.
Posicionamento do hospital
Em nota, a Santa Casa de Franca informou que Maria Lúcia dos Santos Oliveira foi submetida a uma cirurgia de colecistectomia. "O procedimento ocorreu sem nenhuma intercorrência e dentro dos parâmetros técnicos exigidos".
De acordo com a nota, a paciente apresentou início de pancreatite, que é uma complicação pela migração de cálculo da vesícula, não havendo, segundo o hospital, erro durante o procedimento. Depois, foi submetida a uma nova cirurgia e encaminhada para a UTI (Unidade Terapêutica Intensiva).
"Paciente apresentou piora, não resistindo e evoluindo a óbito, sentimos pelo desfecho e estamos à disposição para esclarecimentos", finalizou.
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