OPINIÃO

25 de agosto - Dia do Soldado

Esta pequena história serve para nos animar a que sejamos assim em nossas vidas, dispostos a responder prontamente. Leia o artigo de Toninho Menezes.

Por Toninho Menezes | 27/08/2022 | Tempo de leitura: 3 min
especial para o GCN

Antônio Cruz/Agência Brasil

Conta-se a história de um cidadão que depois de seguir carreira militar, no exército, durante muitos anos, se aposentou. Certo dia, um homem que sabia de sua longa e dedicada carreira lhe pregou uma peça: quando o velho soldado vinha pela rua carregando uns pacotes, o homem chegou perto dele e gritou: "Sentido!!!" - Sem hesitar, o militar baixou os braços lateralmente e derrubou todos os pacotes pela calçada. Isto era de se esperar, pois este era o gesto natural para o veterano soldado.

Esta pequena história serve para nos animar a que sejamos assim em nossas vidas, dispostos a responder prontamente. Devemos fazer e desejar sempre o melhor em prol de nossa sociedade, praticando diariamente até que o certo se torne procedimento comum e não exceção à regra.

Em nosso país, nos parece que os cidadãos têm receio e vergonha de se portarem corretamente, pois isso parece ser o errado. Em outras palavras, quem se porta e age como cidadão respeitador de seus deveres e obrigações, parece estar errado face ao comportamento da maioria dos cidadãos, tanto é que logo o apelidam de “Caxias”.

No dia 25 de agosto comemora-se o Dia do Soldado. A data foi fixada a partir de 1923, com o intuito de perpetuar a memória do grande brasileiro que foi Luis Alves de Lima e Silva, Marechal do Exército - Duque de Caxias. A ele devemos a nossa unidade e a grandeza nacional que ora ostentamos, como um país de dimensões continentais.

O momento é bem propício para que efetuemos algumas reflexões, diante do descaso de nossas autoridades em ignorar aquelas figuras de vulto histórico pátrio, demonstrando uma falta de autoestima nacional para com aqueles que lutaram bravamente em prol de sua pátria em todas as áreas.

Não devemos ver a data comemorativa somente pelo seu lado militar, mas sim deve a mesma servir como oportunidade para cultuar e exortar exemplos da nossa história, repensando as atitudes necessárias por parte dos cidadãos e homens públicos neste momento histórico que todo o país e o mundo atravessam: - Quando a violência ameaça a segurança e a paz social; - Quando muitos pregam e praticam a agressão à lei e a ordem constituída; - Quando o abuso da força, das palavras que injuriam e caluniam se fazem presentes em nosso cotidiano; - Quando a corrupção dos valores éticos e morais se sobrepõem à virtude e a todos os preceitos de uma convivência harmoniosa.

Deveríamos aproveitar melhor a data para louvar e engrandecer a todos aqueles valentes soldados brasileiros que diariamente lutam nos campos produzindo alimentos e riquezas para nosso país, que diariamente se enclausuram dentro das indústrias, que labutam na meritória arte de ensinar e transmitir conhecimentos, que comercializam, que transportam etc.

Seria este o dia ideal para orientar e conscientizar a todos da nobre responsabilidade que possuímos enquanto cidadãos.

Hoje a sociedade precisa ser orientada para um objetivo comum de um processo de desenvolvimento que beneficie a todos brasileiros, baseado no incentivo à criatividade e à valorização das classes produtivas do país, se contrapondo às especulações.

Os nossos atuais políticos e autoridades não podem esquecer-se de que, se hoje podem alcançar e exercer o Poder no país, parte disso se deve aos grandes patriotas de outrora, como Duque de Caxias e, que não se sintam envergonhados de destacar a grandeza destes nossos compatriotas, só por terem sido militares. O importante é que se ressalte a virtude e o exemplo a ser seguido pelos nossos jovens, ou seja, o orgulho de ser brasileiro e de amar a sua pátria.

Em momento tão delicado da política nacional e internacional, não podemos deixar passar ao largo tão importante data, capaz de despertar o sentido de civismo em sua mais plena acepção.

Não é hora de permanecermos na cômoda atitude da ignorância contemplativa e ver o tempo passar. É esta “anestesia social” que deve ser quebrada em prol de uma cidadania consciente.

Enfim, sejamos, todos nós, bravos soldados brasileiros.

Toninho Menezes é mestre em direito público, advogado e professor universitário.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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