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NOSSAS LETRAS
Isolados reunidos
O livro é diverso no conteúdo e na forma, mas unificado. Retrato mais fiel talvez seja novamente a metáfora do mosaico. Leia o artigo de Zelita Verzola.
Por Zelita Verzola | 02/07/2022 | Tempo de leitura: 2 min
especial para o GCN
É como ficamos na AFL (Academia Francana de Letras) nos dois anos de pandemia e é o título do novo livro do seu presidente, José Lourenço Alves.
Esclarece o autor que os textos ora apresentados foram anteriormente publicados em algumas formas digitais. E para o deleite dos que amam o impresso em papel, oferece agora esse presente. E participar, através da leitura, da reunião do escritor consigo mesmo é mais que um presente, é um privilégio.
Mesmo porque, com seu vasto conhecimento em várias áreas do saber, Dr. Lourenço nos conduz, pelo caminho da arte, a muitas delas.
“Unindo prosa e verso numa interação tragicômica de realidade e ficção, o texto a seguir tem a intenção literária de compor um mosaico expressionista.” É assim que o autor apresenta Cinquenta e seis, a primeira parte do livro. Quem lê constata: fiel à intenção.
Retrato musical, na sequência, é definido por Lourenço como memórias musicais. Quadras com rimas cruzadas nos encantam. Uma delas: “Veio do rádio da vizinhança/ A canção que me devolve àquele dia/ Àquele momento de criança/ Essa canção é a Ave Maria”.
Quem te guia, terceiro grupo de textos, é uma conversa do escritor consigo mesmo que aqui ele chama de você, o outro de si. Reunindo lembranças durante a pandemia, ele vai nos contando sua trajetória profissional e pessoal e o que se vê é um fio invisível conduzindo o caminho. Experiência, aliás, testemunhada por muitos em suas vidas e que justifica o título: Quem te guia. A maior parte da narrativa refere-se à viagem que fez aos Estados Unidos em 2011. A intenção mais forte era, através da visita a locais e monumentos, entender melhor o racismo lá e cá. Conclui que a luta contra o racismo “se confunde com a luta contra as desigualdades” e que o alvo a ser atingido há de ser sempre a paz e o respeito.
A quarta parte, intitulada Postagens, é composta mesmo de textos postados anteriormente no Facebook. Aborda assuntos vários, todos estruturados sobre o conhecimento amplo e responsável do autor. Em forma de prosa ou verso provocam reflexão, emoções e até gratidão, como no aforismo: “Entre os meus quereres para 2021, está que você seja feliz./ Sim, você!/Pessoas felizes fazem o mundo melhor. É ou não é?”
A obra se encerra com o Debate comigo, um compacto de questionamentos sobre racismo, igualdade e equidade.
O livro é diverso no conteúdo e na forma, mas unificado. Retrato mais fiel talvez seja novamente a metáfora do mosaico. Um belo, profícuo e valioso mosaico.
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