A Polícia Civil de Orlândia indiciou o arquiteto Eduardo Teixeira Mendes, de 41 anos, por homicídio qualificado e tentativa de homicídio contra os donos do Hotel Vivenda. O crime aconteceu no dia 6 de junho, e o inquérito policial foi concluído nesta quarta-feira, 15.
Eduardo está preso desde o dia que matou a proprietária do hotel, Maria José Antunes, de 64 anos, e agrediu o também dono Sebastião Lorenti, 64.
De acordo com o delegado Clodoaldo Vieira, as investigações confirmaram que o hóspede estava com as diárias atrasadas e que a família dele chegou a ser avisada pelos donos do hotel sobre a falta de pagamento.
Imagens do hotel foram analisadas pela Polícia Civil. Elas mostram que o assassino agiu com “crueldade, brutalidade e extrema violência perpetrada às vítimas”.
"Evidenciam a vontade do indiciado de matar as vítimas. O agressor tivera oportunidade de cessar com a violência, mas, retomou-a trocando os objetos que utilizou para golpear e matar Maria José. Demonstrou sua vontade, que era o resultado morte", disse Vieira ao G1. O arquiteto está preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pontal (SP).
O crime
Maria José Antunes foi brutalmente assassinada na segunda-feira, 6, de junho, após o arquiteto Eduardo Mendes golpeá-la com um extintor no hotel localizado na Rua Um, no Centro de Orlândia.
O hóspede estaria drogado e, quando foi cobrado pelo marido da empresária, Sebastião Lorente, pelas diárias atrasadas, teve um surto e atacou o homem.
"Sentei no sofá longe dele. Ele chegou, rodou, vi que estava alterado, mas não disse nada para ele, ninguém disse nada para ele. Pegou a chave dele e tentou subir a escada, e eu perto dele, de costas. Em 30 segundos, 20 segundos, não sei, ele veio com um extintor muito grande na mão e jogou em mim. Jogou pelas costas", contou Lorenti.
O assassino pegou o extintor do local e, quando foi agredir o homem, sua mulher Maria José Antunes entrou na frente e acabou sendo golpeada também com um pedaço de pau.
Eduardo também agrediu Sebastião e um funcionário do hotel. O homem ainda atingiu a cabeça da proprietária com um vaso.
"Ela veio correndo, praticamente na minha defesa, e aí ele deu o extintor na cabeça dela. Ela caiu de bruços e eu, tonto no chão. Ele montou em cima dela e deu mais de dez pancadas na cabeça dela. Depois do extintor, ainda quebrou o vaso de gesso na cabeça dela várias vezes", continuou.
A Polícia Militar foi acionada e rapidamente prendeu o assassino, que se trancou dentro de um quarto do hotel.
Maria José foi levada para um hospital de Orlândia, mas não resistiu aos ferimentos. Seu marido também foi socorrido e permaneceu em observação médica.
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