OPINIÃO

Aspas

Meu notebook deu pau. Meu computador e o mouse estão incompatibilizados. Um fala, o outro não responde. Leia o artigo de Lúcia Brigagão.

Por Lúcia Brigagão | 05/06/2022 | Tempo de leitura: 3 min
especial para o GCN

Meu notebook deu pau. Meu computador e o mouse estão incompatibilizados. Um fala, o outro não responde. Liguei o dia todo para o técnico, ele não me retornou... Sei que o pessoal da redação está à espera dos meus textos. Não que sejam de grande valia, mas eles esperam mesmo assim, porque ainda há meia dúzia de gente que os aguarda: gente da família, claro. Remanescentes, claro. Tinha muito mais leitores, mas com a ausência de meus pais, outros familiares, avós, alguns tios, distanciamento dos filhos, diminuíram consideravelmente.

Como preciso enviar os textos, decidi há alguns minutos, usar o recurso das aspas. Não gosto muito delas: não posso mudar uma ou outra palavra, não posso substituí-las, tenho que ser fiel ao que leio e transcrevo ou copio e colo, caso contrário, viraria plágio e isso eu abomino. Bem, se não tenho recurso melhor, recorramos às aspas, escolhendo com carinho coisas que não escrevi, mas gostaria de ter escrito...

"O que as pessoas dizem, o que as pessoas falam e o que elas dizem que fazem são coisas inteiramente diferentes." 
Margaret Mead, antropóloga, autora de livros e textos que me tiraram o sono na Faculdade de Filosofia: Sexo e Temperamento; Coming of age in Samoa; Male and Female; Cultura y Compromiso, entre outros.

"A brincadeira que inspirou um dos passatempos mais populares dos nossos tempos data do século IV a.C. Nos laterculus, como o jogo era conhecido, os antigos romanos tinham de formar palavras cruzando-as de maneira que constituíssem Palíndromos, isto é, podiam ser lidas tanto na vertical quanto na horizontal, de frente para trás e vice-versa. As inscrições mais antigas desse jogo foram encontradas nas ruínas de Pompéia, a cidade italiana destruída no ano 79, por causa de uma erupção do Vesúvio. Nos moldes atuais, as palavras cruzadas apareceram pela primeira vez no jornal New York World, em 22 de novembro de 1913. Seu inventor, Arthur Wynne recebeu a incumbência de inventar um jogo especialmente para a edição dominical. Adaptou certo jogo que conhecia desde a infância, aplicou regras semelhantes às dos laterculus romanos. Ao invés, porém, de fornecer as palavras que deveriam ser cruzadas, Wynne resolver dar apenas dicas e criou um diagrama em forma de losango. Uma década depois a criação de Wynne já estava em jornais europeus, além de em todo continente americano." 
Origem das Palavras Cruzadas

"Muitas pessoas são bastante educadas para não falar com boca cheia, porém não se preocupam em fazê-lo com a cabeça oca." 
Orson Welles, ator

"As riquezas naturais da África poderiam fazer do continente um dos mais ricos e competitivos do mundo, no mercado global. Mas elas são, na verdade, o combustível para acirrar a violência étnica e as disputas políticas."
Texto Brasil Escola

"En las cajas de lápices guardan sus sueños los niños."
Ramón Gómez de la Serna, autor espanhol

"Amanhã será outro dia."
Scarlett O’Hara

..."Não use imprudentemente o tempo ou as palavras. Isso não se pode recuperar. A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo. E lembra-se: Ontem é história; amanhã é mistério; hoje é uma dádiva. Por isso se chama presente."   
Brian Dyson (Ex-presidente da Coca-Cola)  

Lúcia Helena Maniglia Brigagão é publicitária e escritora.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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