SANTA GIANNA

Católicos celebram nesta quinta santa canonizada por milagre em Franca

Por Pedro Baccelli | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Arquivo/GCN
Kaká, sua filha Gianna - fruto do milagre - e sua mulher Elisabete seguram relíquia de Santa Gianna
Kaká, sua filha Gianna - fruto do milagre - e sua mulher Elisabete seguram relíquia de Santa Gianna

Dia 28 de abril. A Igreja Católica festeja Santa Gianna Beretta Molla, padroeira das mães, médicos e crianças por nascer. A data tem um significado especial para Franca, onde aconteceu um dos milagres reconhecidos pelo Vaticano e que culminaram na canonização da italiana.

A história começou em fevereiro do ano 2000. Grávida de quatro meses, a terapeuta familiar Elisabete Comparini Arcolino precisou ser internada às pressas no hospital. Bete, como é popularmente chamada, recebeu uma notícia que mãe nenhuma deseja escutar: os médicos informaram que a criança não sobreviveria à gestação e seria necessário realizar um aborto.

“Com 16 semanas de gestação, a criança não consegue continuar se desenvolvendo sem o líquido amniótico, foi o que todos os médicos disseram, mas nós, por sermos católicos e como toda mãe deseja o seu filho, fomos firmes e falávamos que não iríamos fazer o aborto”, disse Bete, ao portal GCN, em matéria publicada em 2015.

Ao lado do marido Carlos César Arcolino, o agora vereador Kaká (PSDB), Bete manteve sua decisão. Em meio a tantas dificuldades, eles ainda não sabiam, mas uma coincidência daquelas vistas em filme iluminaria a vida da família. Na época bispo, Dom Diógenes Silva Matthes estava no mesmo hospital que Bete. O religioso foi abordado por uma amiga do casal que contou toda a luta.

“Ao ir até o quarto, Dom Diógenes se lembrou da beata Gianna e pediu sua intercessão. A partir desse momento, que foi no dia 10 de fevereiro até o dia 31 de maio, continuei gerando a Gianna com momentos em que produzia e perdia o líquido”, contou a mãe.

Por recusar o aborto, Bete recebeu alta e ficou três meses de repouso em casa. Uma cesariana foi marcada no dia 31 de maio, mas a equipe de atendimento continuava pessimista sobre a saúde da criança e da mãe. “A previsão médica é que ela morreria imediatamente, por morte súbita, sem choro. Caso nascesse viva, ficaria na UTI e se sobrevivesse teria uma vida vegetativa, com sequelas”.

Gianna Maria Comparini Arcolino superou todas as dificuldades e expectativas quando chorou durante o nascimento. A segunda surpresa aconteceu quando nenhuma anomalia foi diagnosticada nos exames. Por sua vez, Bete permaneceu dois dias em coma, com hemorragia, por ter gerado uma criança sem o líquido amniótico.

A história de superação e fé foi reconhecida pelo papa João Paulo ll como milagre. A família viajou em 2004 para o Vaticano, na Itália, para a canonização de santa Gianna Beretta Molla pela Igreja Católica.

A reportagem buscou a família para comentar a data especial, mas até o fechamento deste texto não obteve resposta.

Comemoração
A Paróquia Santa Gianna, no Jardim Luíza ll, realizou o tríduo à santa Gianna Beretta Molla entre segunda-feira, 25, e quarta-feira, 27. Uma missa está marcada para acontecer às 19h30 desta quinta-feira, 28, para festejar a data com a presença pároco Vilmar Volpato e o padre Ferdinando Rubio. A celebração será na avenida José Lopes Ribeiro, 4.214, no Jardim Luíza ll.

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