LEOZIN

'É um trem novo, levo tudo na zuera', diz jovem francano de 17 anos sensação na internet

Por Higor Goulart | da Redação
| Tempo de leitura: 5 min
Arquivo pessoal
Uma das sensações da internet, o TikToker Leonardo Lemos
Uma das sensações da internet, o TikToker Leonardo Lemos

Cinco milhões de seguidores no TikTok; 570 mil no Instagram; 100 mil no YouTube. Quem olha esses números, imagina que sejam de algum influenciador de alguma capital do país. Mas não, é de um francano. Leonardo Lemos, ou melhor, Leozin, morador do Jd. Elimar, se tornou um fenômeno da internet e já tem 17 vezes a população da sua cidade natal como seguidores. Isso tudo com apenas 17 anos.

Leozin tem se destacado na internet ao postar vídeos que relacionam humor com o cotidiano. São milhões de visualizações em cada uma das postagens, que circulam pela internet como água. “Eu pego acontecimentos do dia-a-dia e tento colocar o humor encima daquilo. Eu faço com que a pessoa se identifique com aquelas situações que eu estou retratando”, contou o jovem.

Tudo isso de uma maneira leve e que não o faça encarar como uma obrigação. “Eu levo tudo na 'zuera'. Não tem dessa de que eu tenho que fazer isso, porque tenho que cumprir aquilo. Eu faço porque gosto, e é algo bem natural”.

Justamente esse jeito leve fez o francano crescer tão rápido. Sua chegada à internet não completou nem um ano e ele já alcançou números que poucos conseguiram – o  jovem acumula vídeos com mais de 15 milhões de visualizações na plataforma do TikTok.

Só que o caminho traçado por Leozin não esperava um impacto tão imediato. Semanas antes de entrar no TikTok, o garoto dedicava 15 horas do seu dia para o Free Fire – jogo popular no país. “Eu jogava Free Fire e não tinha noção de nada disso. Tinha até time profissional, jogava 15 horas por dia”, relembrou.

No jogo, no entanto, Leo viu que não conseguiria alcançar planos tão altos, por conta de uma queda que a plataforma vinha tendo. O pai do jovem, Juliano Lemos, relembra bem essa fase. “Ele já chegou a fazer live com uma ou duas pessoas, mas ele é muito persistente e sempre tentou”, recordou Juliano.

Neste momento, Leonardo resolveu tentar o que vinha dando certo para muitas pessoas: fazer dancinhas no TikTok. “Nesse meio tempo, fiz um vídeo dançando que bateu 400 visualizações e fiquei 'mó' (sic) felizão. Depois disso, fiz mais dois vídeos, que bateram mais de mil. Isso faz oito meses. Fui, então, fazendo vídeos, trends, duetos e renovando minhas ideias”.

Essa renovação no conteúdo fez Léo investir em algo que era pouco reproduzido na plataforma, mas que atingia grandes números. O primeiro vídeo que viralizou foi uma espécie de dueto, com um dos maiores influenciadores do TikTok, o mineiro Lkzinhu.

“Era um vídeo que ele ensinava como chegar na menina e eu fiz um dueto com ele, imitando a cena e as coisas”. Por conta da semelhança entre os dois, o vídeo atingiu números nunca antes vistos por Leonardo. “Esse vídeo pegou 5 milhões de visualizações. Aí comecei a ter uns 50 mil seguidores e isso só foi subindo”.

Daí pra frente, a vida de Leozin mudou. Semana após semana, seus seguidores só aumentavam. Com 200 mil ‘inscritos’ na sua página, o garoto percebeu que dali tiraria sua profissão. “Quando atingi 200 mil seguidores, uma empresa me contratou. Foi quando eu comecei a focar 100% nisso e botei na cabeça de que aquilo ali seria uma profissão. Daí eu meti marcha”.

Rapidamente, os 200 mil se transforam em meio milhão. Até que o jovem chegou no primeiro milhão. Até festa na família teve. “Foi em questão de semanas para eu pegar um milhão. Quando peguei, fiquei feliz e coloquei um foco ainda maior nisso”.

Hoje, são mais de 5,3 milhões só no TikTok, além das outras plataformas. Como toda profissão, a dedicação foi aumentando conforme o ‘sucesso’. Por isso, são 17 horas dedicadas por dia à produção de vídeos. “Hoje em dia, eu produzo um vídeo por dia. Quando eu não tenho ideia, acabo não postando. Mas eu tenho como meta postar um vídeo por dia”.

Apesar da fama, Léo ainda é estudante. À noite, depois de horas dedicadas a produção, ele precisa ir para a escola ‘Prof. Vicente Minicucci’, onde ele cursa o 3º ano do Ensino Médio.

Por lá, ele prova diariamente o ‘gostinho’ de ser famoso. “Na escola, eu sempre fui aquele menino que ficava de lado. Agora, chego na escola e o pessoal reconhece. Eles veem que isso é uma profissão minha”.

Além do ‘assédio’ na escola, o jovem também conta ser bastante reconhecido andando pelas ruas francanas, enquanto grava seus vídeos. “Aqui no meu bairro, eu faço vídeo pra lá e pra cá. Às vezes, carros passam gritando, param e pedem para tirar foto. Em Franca, já aconteceu muito”.

Tudo isso passado pelo garoto é algo que ele almejava há muito tempo – desde à época do Free Fire. Justamente por esse sonho, ele já se via preparado para as situações que a fama exige. Só não esperava que seria tão rápido. “Eu tinha na minha cabeça que chegaria, sim, mas não imaginava que seria tão rápido. Eu via, enxergava que teria seguidores e seria remunerado por isso, mas não sabia que seria do nada”.

Ainda assim, às vezes, Léo precisa de alguns ‘beliscões’ para acreditar que está acordado e vivendo tudo isso que a vida dele se transformou nos últimos meses. “Até hoje eu falo que não caiu a ficha. É um trem muito novo para mim”.

Mas, mesmo com essa grande fama já alcançada, o francano traça mais e mais planos para o futuro. Agora, a ideia é se tornar youtuber. “Quero criar um conteúdo onde as pessoas se identificam. Então, eu faria vídeos para comentar de assuntos do cotidiano e colocaria humor naquilo. Seria um conteúdo humorístico, mas também com histórias”.

Além disso, Léo também traça planos para mudar de cidade, justamente por ter atingido níveis que no Interior são difíceis de manter. “Eu pretendo sim me mudar, por conta de cenário, limitação. Às vezes, tem marcas em outras cidades que querem me patrocinar, mas que aqui não tem. Então, eu me mudaria para fechar parcerias”, finalizou Léo.

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