OPINIÃO

Feras

Tem bicho ruim demais nessa Terra! Alguns vivem perto da gente, outros espalhados por e em toda parte do planeta. Leia o artigo de Lúcia Brigagão.

Por Lúcia Brigagão | 03/04/2022 | Tempo de leitura: 3 min
especial para o GCN

Tem bicho ruim demais nessa Terra! Alguns vivem perto da gente, outros espalhados por e em toda parte do planeta. Embora muitos tenham sido extintos, os que ficaram ainda farão belo estrago, pela periculosidade que exibem. Com a mutação genética que seguramente sofrerão - mutação também responsável pela aparência e peculiaridades dos remanescentes - sequer imagino o que os futuros habitantes da Terra temerão.

Hoje, os animais irracionais mais perigosos do planeta estão nos céus, na terra e no mar e nem são tantos assim. Dizem, o mais bravo e pior de todos os bichos existentes atualmente é a víbora com escamas de serra. (animais que rastejam - de minhoca a ser humano - de maneira geral são amedrontadores.) O mar é o habitat da caravela-portuguesa, espécie de água-viva, apelidada carinhosamente de terror-flutuante. Há outras do mesmo tipo, como a medusa luminescente e a medusa-da-lua. Terríveis. o tubarão branco, animal marinho, espalha terror, por onde aparece. O búfalo africano - o mesmo animal que encantou Clarice Lispector - enfrenta e mata leões, elefantes e quaisquer outros grandalhões da região. O escorpião amarelo da Palestina, no continente africano e em determinadas regiões do Brasil, ao picar libera substância letal capaz de causar choque anafilático. O polvo gigante do Pacífico está longe de ser inofensivo e bonzinho: prende seu observador com ventosas e o ataca com a rádula, tipo de língua com dentes. Outro polvo, o caracol-do-cone, hipnotiza com sua beleza e exotismo, mas é extremamente agressivo. Um terceiro polvo que mata é o estrangulador que, ao liberar substância tóxica, como que estrangula a vítima. A hiena parece cãozinho bravo. Mas se afaste ao vê-la! É, ao mesmo tempo, maligna e cruel, lembra de O Rei Leão? A mamba-negra, cobra que se movimenta com rapidez, é pseudônimo no cinema de vilã assassina e vingativa. Mede cinco metros de comprimento, se locomove com extraordinária rapidez e seu veneno pode matar cerca de doze pessoas.

Ainda tem a mosca tsé-tsé; o peixe-pedra, o animal mais venenoso da espécie, hábil em camuflagem; a abelha africana, conhecida como abelha assassina -todos capazes de matar animais de grande porte, como bois, cavalos e humanos.  Há crocodilos que atingem seis metros de comprimento e uma tonelada de peso. Tem o marimbondo caçador; o urso polar, fascinante, magnífico e belo animal em vias de extinção, porém capaz de ataques violentos ao ser humano e outros bichos. O baiacu, cuja aparência é de docilidade, mas que, contraditoriamente, leva o título de segundo animal mais venenoso do mundo: atacado, libera toxina que atinge o sistema nervoso e bloqueia a comunicação entre cérebro e o corpo humano. Há, finalmente, o sapo dourado, miniatura, minúsculo, porém campeão em periculosidade: seu veneno é extremamente tóxico, inclusive para o coração de animais de porte gigantesco. Mais bichos bravos? Pois bem: cascavel de chifre, lince, varano-malaio, morcego-vampiro, cada qual com suas idiossincrasias maléficas e danosas. Achei interessante a reportagem intitulada Os Perigos da Natureza, passo-a resumidíssima adiante, e só concordo em parte com ela. 

Em matéria de maldade, sevícias, camuflagem, falsidade, dissimulação, urdidura e tramas, projetos de vingança, ferocidade, destemperança, mentira, ingratidão, imaturidade, intolerância, frieza, insensatez, insinceridade e toxicidade, nenhum bicho supera o bicho ser humano.

As outras feras são fichinhas perto dele...

Lúcia Helena Maniglia Brigagão é publicitária e escritora.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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