RELIGIÃO

Obras da carne x fruto do Espírito

Por Pastor Isaac Ribeiro | especial para o GCN
| Tempo de leitura: 3 min

"Já estou crucificado com Cristo, e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim”. (Gálatas. 2.20)

Seguir a Jesus, significa abrir mão dos desejos da carne, e a partir daí, caminharmos pelo terreno fértil, onde o Espírito Santo fará germinar em nossos corações, o fruto do Espírito. Neste particular, devemos saber que o termômetro que consegue avaliar se somos ou não somos comprometidos com Deus são as obras da carne ou o fruto do Espírito, manifestos em nossas vidas.

Ora, como podemos dizer que estamos comprometidos com Deus, se quando as pessoas olham para nós, percebem que em nosso viver diário, os pecados procedentes da carne, acabam ocupando o lugar do fruto do Espírito? É justamente aqui, que afirmamos que há uma grande diferença entre dizer que estamos comprometidos com Deus, e provar com ações, o que estamos falando. Mas o que são obras da carne?

A palavra carne no contexto bíblico no grego é “sarx” e corresponde a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos. Estes desejos se não forem dominados, podem levar o cristão mesmo após a sua conversão, a perder a sua Salvação. Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de Deus. Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua, que o cristão trava através do poder do Espírito Santo.

O apóstolo Paulo fez questão de relacionar dezesseis tipos de pecados relacionados com as obras da carne. Isto não significa que existam apenas estes. Todavia, estes são os que mais evidenciam tais pecados.

Vejamos o texto: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro como já dantes vos disse que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus”. (Gálatas. 5.19-21).

No entanto, se o apóstolo relaciona os pecados da carne, ele também mostra com clareza o Fruto do Espírito, germinado por Deus no coração do cristão que nega a si mesmo, e leva cada dia a sua cruz. O texto diz: “Mas o fruto do Espírito é: Amor, gozo, paz, paciência, benignidade, bondade, fé, mansidão e moderação. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo, crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Portanto, se vivemos em Espírito, andemos também no Espírito”. (Gálatas 5.22-25).

Vejam, caros leitores, que em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver integro e honesto que a Bíblia chama de “o Fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se realiza no cristão, à medida que ele se compromete com Deus.

O ensino final de Paulo sobre o Fruto do Espírito é que não há qualquer restrição, quanto ao modo de viver aqui indicado. O cristão pode e deve realmente, praticar essas virtudes continuamente. Somente praticando tais atos, é que poderemos dizer com ações e não apenas com palavras, que estamos comprometidos com Deus. Lembremo-nos que a oração é um instrumento poderoso, não para fazer com que a vontade do homem seja feita no céu, mas para fazer com que à vontade de Deus seja feita na terra.

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