Quando Abraão e sua esposa Sara, já bem velhos, desfrutavam a fase mais bonita de suas vidas, ao lado do filho da promessa, Isaque, chega Deus para Abraão e faz o pedido que destacamos para dar tema a esta mensagem. Que pedido difícil de atender! Mas é aí que Abraão prova porque é considerado o pai na fé. Sem questionar a Deus, pega o garoto, alguns empregados e tudo o que precisava para o sacrifício, e ruma para o lugar determinado por Deus. De longe Abraão viu o monte.
Era preciso subi-lo; a obediência, o amor e a fé no Senhor eram maiores do que a dor imensa ante a ordem divina de sacrificar seu filho amado. Nem uma palavra de queixa ou desesperança durante a jornada, apenas a pergunta do filho.
– “Pai, onde está o cordeiro para o holocausto?”
Sua resposta ecoa pelos séculos como a maior prova de uma fé inabalável diante de quaisquer circunstâncias
– “O Senhor proverá, meu filho!", exclamou Abraão.
Na verdade, sua fé era tão grande que, segundo a Bíblia, Abraão tinha a convicção que até das cinzas, Deus poderia ressuscitar Isaque.
O final da história, você conhece. Toda aquela situação era apenas um teste de fidelidade, e ele passou no teste. Assim, tornou-se Abraão por excelência, o “pai da fé”, e na sua descendência, tornaram-se benditas todas as nações. Assim como o Moriá de Abraão, grandes provações erguem-se à nossa frente enquanto fazemos à jornada da vida, e quantas vezes não lamentamos e choramos questionando o porquê da ordem de subir tais montes, se o Senhor sabe que a empreitada é árdua demais para nós, e talvez não consigamos fazê-la?
Antes de vermos, tocarmos e segurarmos o cordeiro, questionamos a ordem de subir, como pessoas que professam, mas não provam a fé no Altíssimo. Queremos, sim, ser a bênção e o exemplo que Abraão foi, mas não temos disposição para subir o “Moriá” da obediência, da fé e da doação de tudo o que somos e temos ao Senhor. No entanto, o cristão fiel sabe que, simultaneamente à subida ao monte, Ele vem com o cordeiro providencial.
Tiremos, então, os olhos do que para trás ficam e durante a íngreme subida, olhemos para o alto, como quem já avista o cordeiro. Jamais subamos como murmuradores hábeis em medir o tamanho do nosso “sacrifício de cada dia”.
Obedeçamos com fé e sem resquícios de lamentação aquele que por amor a nós realizou o Sacrifício Maior, sem olhar para trás. Exerçamos com fé, a grande missão concebida pelo Pai Celeste, buscando primeiro o seu reino, e tendo a certeza que as demais coisas nos serão acrescentadas. A obediência a Deus é a virtude que nos credencia a nos relacionarmos bem com Deus. Abraão foi aprovado porque soube obedecer. É preciso pensar nisto.
Deus vos abençoe!
Isaac Ribeiro é presidente da Assembléia de Deus (Missão) de Franca.
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